Tanto o PKK, o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão como o PYD, o Partido sírio da União Democrática (PYD), refutam as acusações de Ancara
Enquanto a Turquia enterra os mortos do atentado de quarta-feira, governo e responsáveis curdos acusam-se mutuamente.
A Turquia (...) quer que lancemos uma operação a partir do nosso território, para ter uma desculpa para intervir - Gharib Hassou, representante do PYD, braço político da milícia curda YPG no curdistão iraquiano
Tanto o PKK, o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão como o PYD, o Partido sírio da União Democrática (PYD), refutam as acusações de Ancara.
Gharib Hassou, representante do PYD, braço político da milícia curda YPG no curdistão iraquiano, acusa a Turquia de manipulação:
“A Turquia está muito preocupada com as vitórias das forças democráticas sírias e do YPG. E quer que avancemos para a fronteira e ataquemos um das suas posições. Quer que lancemos uma operação a partir do nosso território, para ter uma desculpa para intervir.”
Na quinta-feira, primeiro-ministro e presidente turcos deslocaram-se aos hospitais, para visitar os sobreviventes do ataque de quarta-feira, que fez 28 mortos e mais de 60 feridos, sobretudo, militares.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reiterou as acusações aos curdos:
“Mesmo que os líderes do PYD e do PKK digam que não têm nada a ver com o atentado, as informações recolhidas pelo nosso ministério do Interior e pelos nossos serviços secretos indicam que isto foi feito por eles.”
O atentado de quarta-feira acontece após cinco dias de bombardeamentos turcos sobre posições do YPG, que tinha conseguido tomar o controlo de novos territórios próximos da Turquia.
Turkey’s shelling of Kurds in Syria will continue, Erdogan says https://t.co/pvVLgXchE0 via
WSJ</a></p>— sylvain henry (
911Satyagraha) February 18, 2016
Esta quinta-feira, como prometido por Erdogan, os caças turcos lançaram novos raides sobre posições do PKK no Iraque.