Companhia petrolífera da Líbia apela à ONU por receio de novos ataques do "Daesh"

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De  Francisco Marques com REUTERS
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Em combate contra militantes das forças de oposição e contra "jihadistas", o Governo líbio condena, por sua vez, as operações antiterroristas dos Estados Unidos no país, por considera-las uma "violaçã

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As infraestruturas de exploração de petróleo na Líbia poderão sofrer novos ataques do “Daesh”, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico, caso as Nações Unidas não intervenham no país. O aviso partiu, esta segunda-feira, da Corporação Nacional de Petróleo.

Ao mesmo tempo, a NOC, como também é conhecida a companhia petrolífera líbia, denunciou o alegado ataque do “Daesh”, no final da semana passada, contra o campo petrolífero de Fida, meio caminho entre a capital Tripoli e Bengazi, e próximo dos terminais petrolíferos de Ras Lanuf e Es Sider, também atacados em janeiro pelos “jihadistas.”

Em Bengazi, prosseguem, entretanto, os combates entre as forças governamentais líbias e militantes “jihadistas” pelo controlo da região.

Também os Estados Unidos, em “cruzada” contra os “jihadistas” no Médio Oriente e no norte de África, têm vindo a bombardear posições do “Daesh” na Líbia. No sábado, terão realizado um raide aéreo sobre Sabrata, 70 quilómetros a oeste de Tripoli.

O governo líbio condena estas operações norte-americanas no país como “uma violação flagrante da soberania” da Líbia, por não terem sido discutidas e coordenadas com as autoridades locais.

Há quase cinco anos — sensivelmente, desde o derrube do ditador Muammar al-Gaddafi, em agosto de 2011 — que a Líbia está em convulsão política. A situação frágil do país tem sido aproveitada pelo “Daesh” para ganhar força na região e, em especial, conquistar o controlo e a rentabilidade de um dos maiores tesouros do país, o petróleo. Atacar as fontes de receitas dos “jihadistas” é a mais recente prioridade da operação militar antiterrorista na luta contra o grupo Estado Islâmico.

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