Irlanda: Tigre Céltico vai às urnas com austeridade em pano de fundo

Irlanda: Tigre Céltico vai às urnas com austeridade em pano de fundo
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De  Dulce Dias com RT, AFP, Reuters
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A Irlanda está de regresso ao crescimento económico, mas a austeridade que se seguiu à crise e ao resgate de 2010 continua a ser um amargo de boca para os 4,6 milhões de habitantes do país

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Com a austeridade em pano de fundo, os irlandeses votam, sexta-feira, para umas eleições legislativas das mais imprevisíveis das últimas décadas.

O outrora Tigre Céltico está de regresso ao crescimento económico, mas a austeridade que se seguiu à crise e ao resgate de 2010 continua a ser um amargo de boca para os 4,6 milhões de habitantes do país.

O debate, centra-se, pois, na economia, com Gerry Adams, o líder de Sinn Fein, a criticar, sobretudo, os dois partidos de centro direita – Fianna Fáil e Fine Gael – que dirigem alternadamente o país desde 1932.

“Tudo o que, atualmente, está mal na nossa sociedade é o resultado de decisões tomadas pelas pessoas que estão à minha esquerda. Michaél Martin [Fianna Fáil] conduziu o autocarro para o precipício e agora quer que lhe deem outra vez a chave para voltar a conduzi-o. O ‘Taoseach’ (primeiro-ministro, em gaélico) e o ‘Tanaiste’ (vice-primeiro-ministro, em gaélico) tomaram as decisões erradas: defenderam os ricos em vez de defenderem os trabalhadores”, acusou, no último debate televisivo, Jerry Adams.

Adams sabe que o seu partido, o Sinn Fein tem apenas 15% das intenções de voto, e que surge em terceiro lugar das sondagens, atrás do Fianna Fáil (20%) e, sobretudo, do Fine Gael, do atual primeiro-ministro Enda Kenny, que surge com 30% das intenções de voto – o que lhe dá a vitória, mas o obrigará a uma coligação.

RT EricByrneTD</a> Supporting the launch of the <a href="https://twitter.com/labour">labour party policy on the repeal of the 8th amendment. #GE16#DubSCpic.twitter.com/lnnhXeP72a

— The Labour Party (@labour) February 18, 2016

O aborto é outro dos temas da campanha. Mas o apelo dos Trabalhistas à rejeição da 8.ª alteração constitucional, que limita o direito ao aborto, só lhes dá 7% das intenções de voto.

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