Grécia denuncia "decisão unilateral" de encerrar rota dos Balcãs

Grécia denuncia "decisão unilateral" de encerrar rota dos Balcãs
De  Euronews

A Grécia criticou esta noite a “decisão unilateral” de vários países do leste da Europa de bloquear a rota migratória dos balcãs. O encerramento das

A Grécia criticou esta noite a “decisão unilateral” de vários países do leste da Europa de bloquear a rota migratória dos balcãs.

O encerramento das fronteiras a milhares de refugiados na Macedónia, Eslovénia ou Croácia
, deixa 40 mil pessoas bloqueadas na Grécia.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras afirmou que, “a União Europeia não tem futuro se prossegue dividida sobre o tema”.

O encerramento do corredor, da Turquia à Alemanha, por onde passaram mais de um milhão de refugiados no ano passado, ocorre antes mesmo de Ancara e Bruxelas selarem um acordo para gerir as entradas e expulsões de migrantes em situação irregular.

O acordo de princípio, promovido pela Chanceler alemã e o primeiro-ministro turco, na segunda-feira, tem ainda que ser ratificado no próximo Conselho Europeu de dias 17 e 18 de Março.

O documento, que prevê o repatriamento sistemático para a Turquia de todos os refugiados que acedam às costas gregas, é vivamente criticado pelas organizações humanitárias internacionais. A Agência da ONU para os refugiados tinha denunciado o que considera ser “uma violação do direito de asilo”.

Em paralelo, a Hungria declarou ontem o estado de emergência nas fronteiras face à possibilidade dos refugiados recorrerem a rotas alternativas.

“Neste momento não registamos um afluxo particular de migrantes irregulares do lado da Roménia. No entanto, as autoridades vão estar preparadas para essa possibilidade para reagir de forma rápida, caso seja necessário construir outra vedação fronteiriça”, garantiu o ministro do Interior húngaro, Sandor Pinter.

A agência para os refugiados da ONU afirma estar a preparar planos de contingência para a possibilidade da chegada de migrantes através da Líbia, do Mar Negro ou da Albânia.

O artista e dissidente chinês Ai Weiwei, deslocou-se ontem à cidade grega de Idomeni, na fronteira com a Macedónia, onde se encontram retidos mais de 14 mil refugiados.

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