Os atentados desta terça-feira paralisaram Bruxelas, que se assemelhava durante a tarde a uma 'cidade fantasma', em estado de sítio, onde o som de sirenes marcava um luto que alastrou a todo o mundo c
Os atentados desta terça-feira paralisaram Bruxelas, que se assemelhava durante a tarde a uma ‘cidade fantasma’, em estado de sítio, onde o som de sirenes marcava um luto que alastrou ao resto da Europa.
A sede da União Europeia está na capital belga, mas Bruxelas parece cada vez mais ser também uma das sedes do terrorismo ‘jihadista’ à escala global.
Quatro dias depois da detenção do principal suspeito ainda vivo dos atentados de Paris, o coração da União Europeia é alvo de ataques terroristas, um dos quais a poucas centenas de metros das principais instituições europeias.
“Sente-se o nervosismo, mas Bruxelas vai continuar com a sua vida”, adianta um dos milhares que trabalham no bairro europeu, enquanto outro explica que os atentados “são difíceis de prevenir. Como é que se trava um sujeito com um colete de explosivos? Não é possível prevenir isso”, lamenta.
Todos os raros transeuntes garantem que vão continuar a viver na cidade. “Não me vou deixar intimidar por terroristas”, avança um. “Não vou desistir e fugir. Vou continuar aqui e ter mais cuidado com a segurança depois destes ataques terroristas”, conclui.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, não conteve as lágrimas quando teve de falar destes atentados. Mas será a ação – e especialmente uma verdadeira cooperação entre as forças de segurança à escala global – o que poderá ajudar a domar o monstro do terrorismo enquanto não houver resposta para os problemas de fundo: de integração, de desigualdades, da ignorância, que provoca o medo, que gera o ódio que conduz à guerra.