Itália não acredita nas explicações do Egito sobre o assassinato de um estudante transalpino no Cairo

Itália não acredita nas explicações do Egito sobre o assassinato de um estudante transalpino no Cairo
De  Marco Lemos com ANSA, LUSA, REUTERS
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"Queremos a verdade", exige o Governo italiano. "Estamos magoados e amargurados com a última tentativa das autoridades egípcias para comprometer a investigação ao bárbaro assassinato do nosso filho, G

“Queremos a verdade”, exige o Governo italiano. “Estamos magoados e amargurados com a última tentativa das autoridades egípcias para comprometer a investigação ao bárbaro assassinato do nosso filho, Giulio”, lamentam os pais do estudante transalpino morto no inicio do ano no Egito. É assim que Itália reage ao anuncio das autoridades do Cairo, que afirmam ter encontrado os responsáveis pelo homicídio do jovem de 28 anos.

Queremos a verdade.

Roma e grupos de ativistas dos direitos humanos desconfiam que Giulio Regeni, terá sido morto pela polícia depois de desaparecer misteriosamente numa rua do centro do Cairo, no dia 25 de janeiro, aniversário da revolta de 2011, que provocou o fim do regime de Hosni Mubarak. Por causa do aniversário, as ruas estavam repletas de militares e polícias e as autoridades proibiram manifestações.

O corpo mutilado do jovem foi encontrado a 3 de fevereiro numa vala dos subúrbios da capital com claros sinais de tortura: unhas arrancadas, queimaduras de cigarro e muitas contusões.

O correspondente da euronews refere que “mais de 50 dias depois do incidente que criou uma polémica entre o Egito e Roma, mais detalhes estão a ser gradualmente revelados, com o ministério do Interior do Egito a anunciar que encontrou os documentos do estudante na casa da irmã de um membro de um gangue de criminosos que foi abatido pelas forças de segurança. A Embaixada italiana no Cairo não quis comentar o anúncio”, conclui Mohammed Shaikhibrahim.

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