A comunidade internacional tenta evitar uma nova escalada da violência na região de Nagorno-Karabah, dois dias após um cessar-fogo mediado pela
A comunidade internacional tenta evitar uma nova escalada da violência na região de Nagorno-Karabah, dois dias após um cessar-fogo mediado pela Rússia.
O primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev reuniu-se, esta quinta-feira, com o seu homólogo arménio, em Yerevan, para obter garantias de que a trégua, que pôs fim a quatro dias de confrontos, não será violada.
“Esta situação continua a ser preocupante. Esperamos que o cessar-fogo seja respeitado e que o processo político seja concluído. Cabe aos diplomatas e não aos militares, solucionar as divisões”, afirmou Medvedev.
Uma mensagem repetida pelo responsável diplomático russo, Serguei Lavrov, junto do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev.
Mas Baku, que denuncia a perda de 20% do seu território, na chamada “zona tampão” criada pelos separatistas arménios que controlam a região, afirma querer mais do que um cessar-fogo.
“Manter o atual ‘status quo’ no terreno é inaceitável pois poderá levar a uma nova escalada da tensão na região”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Elmar Mamedyarov.
O Azerbaijão exige o regresso dos refugiados do conflito e afirma estar disposto a dar mais autonomia ao território de maioria arménia, controlado pelos separatistas de etnia arménia, desde a trégua que, em 1994, pôs fim a três décadas de guerra.
Numa reunião paralela, Rússia, Irão e Azerbaijão defenderam uma solução pacífica para o conflito, sem, no entanto, se pronunciarem sobre as exigências de Baku, contrárias às aspirações independentistas da maioria arménia.
Numa terceira frente diplomática, os co-presidentes do Grupo de Minsk (Rússia, Estados Unidos e França) deslocaram esta quinta-feira a Stepanakert, capital da autoproclamada República de Nagorno-Karabah, para conversações com o governo separatista.