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As três famílias muçulmanas que o Papa Francisco levou do campo de refugiados de Kara Tepe, na ilha de Lesbos, no avião de regresso a Itália, já estão no Vaticano.
Ao todo 12 refugiados, seis dos quais menores, originários da região de Damasco e de territórios que foram ocupados pelo autoproclamado “Estado Islâmico”.
Francisco disse que compreende os medos relacionados com o fluxo de migrantes, mas apelou a “uma resposta digna” do mundo à crise dos refugiados, que considerou a pior catástrofe humanitária depois da II Guerra Mundial.
Acompanhado por Bartolomeu I, patriarca ortodoxo de Constantinopla, e por Jerónimo II, líder espiritual da Igreja ortodoxa da Grécia, o Papa visitou em Lesbos o campo de Moria, onde ficam retidos os refugiados antes de serem deportados de volta para a Turquia. “Somos todos responsáveis pelos conflitos nos vossos países origem”, disse o Papa aos refugiados.
Na viagem de regresso ao Vaticano, mostrou aos jornalistas desenhos que as crianças lhe ofereceram: “O que se vê naquele campo de refugiados faz chorar. Aquelas crianças… Trouxe comigo desenhos que me ofereceram. Vejam este: o que pedem as crianças? Querem paz.”
Refugiados não são números, são pessoas: são rostos, nomes e histórias, e assim devem ser tratados.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) 16 de abril de 2016
A Grécia conta atualmente cerca de 53 mil refugiados no seu território, dos quais cerca de 5 mil, retidos nas ilhas do Egeu, chegaram depois de 20 de março, data de entrada em vigor do acordo UE-Turquia.