Cada britânico arrisca-se a perder o equivalente a um mês de salário, caso o Reino Unido abandone a União Europeia. O aviso partiu do
Cada britânico arrisca-se a perder o equivalente a um mês de salário, caso o Reino Unido abandone a União Europeia.
O aviso partiu do secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico, a menos de dois meses do referendo.
#Brexit would constitute a tax of £2200 per household/yr by 2020 & up to £5000 by 2030: OECD https://t.co/DHPCRDAnWWpic.twitter.com/UauKzusm33
— OECD (@OECD) April 27, 2016
Para Angel Gurria, o “Brexit” seria como um imposto que poderá resultar, no período de quatro anos, numa queda de 3% do Produto Interno Bruto do país.
“O Brexit, um pouco como um imposto, vai atingir o bem-estar e os bolsos dos cidadãos do Reino Unido. Ao contrário da maioria dos impostos este não vai, no entanto, financiar a prestação de serviços públicos ou fechar a lacuna fiscal. O ‘imposto Brexit’ seria uma pura perda de peso morto”, assegura Gurria.
A OCDE alerta, ainda, que caso, a 23 de junho, os britânicos optem por sair do grupo dos 28, as economias da União Europeia iriam contrair cerca de 1%.
Gurria diz, ainda, que “a nossa conclusão é inequívoca. O Reino Unido é muito mais forte fazendo parte da Europa e a Europa é muito mais forte com o Reino Unido como uma força motriz. Não há nenhuma vantagem, para o Reino Unido, no Brexit.”
O movimento “Vote Leave” acusou Angel Gurria de estar a acossar os eleitores. Os defensores do “Brexit” colocam em causa a credibilidade da OCDE que, há uns anos, defendeu que o Reino Unido devia aderir ao euro.
De acordo com as últimas sondagens realizadas pelo portal “What UK Thinks”, a manutenção na União Europeia vence com 54% dos votos, contra 46% para a saída do grupo dos 28.