A Grécia espera “virar a página” de seis anos de crise da dívida, após o acordo entre os ministros das Finanças da União Monetária em Bruxelas. Com
A Grécia espera “virar a página” de seis anos de crise da dívida, após o acordo entre os ministros das Finanças da União Monetária em Bruxelas.
Com a aprovação de novas medidas pelo parlamento grego, a zona euro vai continuar a assistência financeira a Atenas e começa a discutir um eventual alívio da dívida pública.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras estima: “Da nossa parte cumprimos as nossas obrigações para com os credores e, sobretudo, para com o povo grego. É importante, porque aplicamos o acordo usando toda a nossa margem de manobra com o objetivo de proteger a sociedade”.
Atenas vai receber uma fatia de pelo menos 5,4 mil milhões de euros do empréstimo concedido no ano passado. Mas falta o acordo sobre as medidas adicionais que terão de ser aplicadas caso não alcance um excedente primário de 3,5% do PIB em 2018.
No Parlamento Europeu, o Comissário europeu para os Assuntos Económicos e Fiscais, Pierre Moscovici, disse: “Houve um segundo bloco de discussões ontem e na semana, que se centrou na necessidade de encontrar um acordo sobre o mecanismo de contingência. Esse mecanismo respeita os critérios fixados pelo Eurogrupo há duas semanas em Amesterdão, ou seja, vai ser objetivo, legislado, credível e automático”.
O acordo terá de ser obtido até 24 de maio, data da nova reunião do Eurogrupo.
O governo helénico parece ter convencido a Alemanha e o FMI.
A nível interno espera-se mais austeridade.
Harris Theoharis, antigo chefe do serviço fiscal e membro da oposição, estima: “Primeiro, acredito que o mecanismo vai entrar em vigor. Não podemos escapar e falhar metas. Há quem diga que deveríamos tê-lo introduzido logo no início. Em segundo lugar, vai afetar diretamente os salários dos funcionários públicos e reduzir as pensões no montante da meta não respeitada”.