Voo MS804 da EgyptAir: famílias angustiam-se com desaparecimento de familiares e falta de informação

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O uso da palavra “desaparecimento” para a morte de um ente querido tornou-se literal, até agora, no caso do voo MS804.

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O uso da palavra “desaparecimento” para a morte de um ente querido tornou-se literal, até agora, no caso do voo MS804.

66 pessoas desapareceram a bordo do avião A320 da EgyptAir que fazia a ligação de Paris à capital egípcia, o Cairo, na madrugada de quinta-feira.

Nenhum indício do avião, dos passageiros que transportava ou de informação confirmada do que aconteceu está a deixar os familiares desesperados.

O secretário-geral francês da federação nacional de vítimas, Stephane Gicquel, confirmou a partida de alguns dos familiares numa tentativa de colmatar a angústia de nada saberem: “Alguns familiares das vítimas partiram, especialmente famílias de egípcios, com laços no Egipto, com a ideia de que talvez pudessem obter mais informação. Uma das grandes dificuldades nesta tragédia é a ausência de informação e creio ser urgente informar estas famílias directamente.”

15 cidadãos franceses e 30 egípcios integravam a lista de passageiros do voo. Alguns dos familiares em Paris voaram até ao Cairo, onde a tristeza não muda com a geografia, mas antes se agrava também com a falta de certezas. Uma familiar de um passageiro egípcio dizia: “Tudo o que ouvi foi na televisão, mas a informação contradiz outras informações. Agora vou descansar um pouco e esperar. Rezo por todas as vítimas.”

Um homem cujo filho está desaparecido denotava toda a sua ansiedade: “Queremos a verdade toda, precisamos de saber o que aconteceu aos nossos filhos. As autoridades do aeroporto aqui têm a obrigação de nos dizer a verdade e o que realmente aconteceu a este avião. Caiu e despenhou-se no mar ou foi sequestrado ou o que aconteceu?”

Para além de egípcios e franceses, seguiam a bordo dois iraquianos, um britânico, um belga, um árabe saudita, um kuweitiano, um argelino, um chadiano, um canadense e, também, um português, de 62 anos, que trabalhava em Joanesburgo para a construtora Mota-Engil.

As buscas, em cooperação internacional, prosseguem junto à ilha grega de Cárpatos.

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