O Afeganistão, através do chefe-executivo do governo, condenou o ataque da madrugada de sábado para domingo, em Orlando, nos Estados Unidos, onde um norte-americano descendente de afegãos matou a tiro
O Afeganistão, através do chefe-executivo do governo, condenou o ataque da madrugada de sábado para domingo, em Orlando, nos Estados Unidos, onde um norte-americano descendente de afegãos matou a tiro 49 pessoas e também ele acabou morto pelas autoridades, deixando feridas mais de meia centena de pessoas.
Este ataque mostra uma vez mais ao mundo os atentados terroristas que os afegãos sofrem todos os dias. Já pagámos um grande sacrifício por isso.
Chefe-executivo do Afeganistão
Abdullah offers condolences to the U.S in wake of deadly shooting in #Orlando#AFG#Shooting
— TOLOnews (@TOLOnews) 13 de junho de 2016
600 civis mortos entre janeiro e março
Um relatório da UNAMA, a missão de assistência das Nações Unidas no Afeganistão, documentou a morte de pelo menos 600 civis e mais de 1300 feridos só nos primeiros 3 meses deste ano. Este é um levantamento regular das vítimas de diversas ações violentas — sobretudo confrontos terrestres, mas também explosivos artesanais ou ataques suicidas — relacionadas com o conflito em curso no país, nomeadamente contra os talibãs.
Fonte: Relatório da UNAMA de 17 de abril
“Este ataque mostra uma vez mais ao mundo os atentados terroristas que os afegãos sofrem todos os dias. Já pagámos um grande sacrifício por isso. Agradecemos aos Estados Unidos e à comunidade internacional o apoio que nos dão no combate ao terrorismo”, afirmou o chefe-executivo do Governo afegão, coincluindo: “Partilhamos a dor do povo americano, hoje em luto, em resultado deste ataque terrorista.”

O Presidente e número 1 do Governo do Afeganistão também condenou “de forma inequívoca” o ataque de Orlando. “Nada pode justificar a matança de inocentes”, afirmou Ashraf Ghani, citado pela televisõ afegã TOLONews.
#Ghani Condemns #US Mass Shooting https://t.co/5Eqoygjbkqpic.twitter.com/yRmNb79iDL
— TOLOnews (@TOLOnews) 13 de junho de 2016
Omar Mateen renegado pelos afegãos
Nas ruas da capital, Cabul, os afegãos mostram-se, entretanto, a par do sucedido em Orlando, mas defendem que o alegado assassino, Omar MAteen, de 29 anos, embora descendente de emigrantes afegãos e muçulmano, não representa o país nem o Islão.
“O assassino nasceu nos Estados Unidos e cresceu com a cultura americana. Era norte-americano e, por isso, ele não representa o Afeganistão”, afirmou Zarif Ullah, estudante universitário. Outro universitário, também residente em Cabul, considera o sucedido em Orlando “uma ação extremista” e sublinha: “o radicalismo está banido do Islão”. “Não é permitido no islamismo matar uma alma inocente”, defende Meer Massih Amarkhil.