Um Comandante da polícia e a esposa foram mortos à facada na região de Paris por um alegado simpatizante do Daesh, depois morto pelos agentes de intervenção especial.
Um comandante da polícia e a sua mulher, secretária administrativa na esquadra de polícia de Mantes-la-Jolie (57 quilómetros a oeste de Paris), foram mortos à facada por um homem que disse ser fiel aos jihaditas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh, pela sigla em língua árabe.
Policier tué: le forcené abattu, le corps d'une femme découvert, un enfant sain et sauf (Intérieur) #AFP
— Agence France-Presse (@afpfr) 13 de junho de 2016
O agente foi morto na rua onde vivia, por volta das 21 horas locais, quando voltava a casa, vestido à civil, depois de um dia de trabalho. O ataque teve lugar numa zona residencial na localidade de Magnaville, a 60 quilómetros a oeste de Paris, no departamento de Yvelinnes.
Nascido em 1974, o polícia trabalhava em Mureaux, a cerca de 40 quilómetros de Paris, também no departamento de Yvelinnes.
Un policier tué devant chez lui dans les Yvelines, le meurtrier retranché avec des proches de la victime https://t.co/dvHrnbdUuU
— francetv info (@francetvinfo) June 13, 2016
O atacante refugiou-se depois na casa do polícia, onde se encontravam a mulher e o filho da vítima, matando a primeira. Acabou por ser abatido pela força de intervenção especial da polícia, o Raid, depois de tentativas de negociação entre os agentes e o indivíduo.
Pierre-Henry Brandet, porta-voz do ministério do Interior (Administração Interna), disse que, “uma vez que as negociações não deram qualquer fruto,” as forças de intervenção “decidiram começar o ataque por volta da meia-noite.”
A equipa de intervenção encontrou o cadáver da mulher e o filho do casal, de 3 anos, em estado de choque, mas sem qualquer tipo de ferimento.
Depois da intervenção das forças especiais, um helicóptero pousou a alguns metros da zona, enquanto era montado um perímetro de segurança.
O ministro francês do Interior, Bérnard Cazeneuve, disse que “os homens do Raid deram provas de sangue frio, de um grande profissionalismo e conseguiram salvar o filho do casal.”
“A morte do comandante da polícia e da sua companheira são o motivo de uma infinita tristeza,” disse o ministro Cazeneuve, através de um comunicado oficial.
#Magnanville “Les négociations ne pouvant aboutir, il a été décidé de donner l'assaut” #AFPpic.twitter.com/zyJs64tsyP
— Agence France-Presse (@afpfr) 13 de junho de 2016
O presidente francês, François Hollande, por seu lado, garantiu que seria feita luz sobre o drama e marcou uma reunião de urgência na terça-feira, volta das oito da manhã, no Palácio do Eliseu. Hollande classificou o ataque como “um drama abominável” na noite de segunda para terça-feira em comunicado enviado à Agência France Presse.
Segundo a Amaq, agência de informação ligada aos jihadistas do Daesh, “um combatente do Estado Islâmico matou um polícia e a sua esposa perto de Paris.” A informação foi avançada pela página digital SITE, dedicada à vigilância de sites com conteúdo considerado jihadista.
#Magnanville : l'agence de presse de l'#EI revendique le meurtre du policier et de sa femme. pic.twitter.com/c6QhPoYFOm
— Romain Caillet (@RomainCaillet) June 13, 2016
O ataque teve lugar apenas dois dias depois do massacre de Orlando, Florida, nos Estados Unidos, durante o qual um homem armado com uma arma de assalto e uma pistola matou 49 pessoas e deixou 53 feridos, muitos dos quais em estado grave. O ataque teve lugar numa conhecida discoteca LGBT e foi levado a cabo por um norte-americano de origem afegã.
Os jihadistas do Daesh reivindicaram ainda os atentados de 13 de novembro de 2015, na cidade de Paris, que deixaram 130 mortos.