O Vaticano e o conflito ucraniano

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O Vaticano pretende desempenhar um papel diplomático e político no conflito ucraniano.

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O Vaticano pretende desempenhar um papel diplomático e político no conflito ucraniano. Pietro Parolin é o secretário de estado da Santa Sé. Parolin veio à Ucrânia para distribuir ajuda. Pelo caminho, reuniu-se com o presidente Petro Poroshenko, com quem discutiu a implementação do acordo de Minsk, e concedeu uma entrevista exclusiva à euronews.

Euronews: O senhor veio à Ucrânia para distribuir ajuda e apoiar a população que sofre com o conflito. Qual é a sua posição relativamente a esta guerra? Consegue vislumbrar uma solução política?

Pietro Parolin: A Santa Sé repousa sobre os princípios e os valores que devem servir de base às relações entre países, entre as nações na comunidade internacional, que são os princípios da Lei, os valores da Lei Internacional. Neste caso está em causa o respeito pela legalidade internacional no território e nas fronteiras da Ucrânia.

Euronews: Incluindo a Crimeia?

Pietro Parolin: Com certeza, com certeza!

O acordo de Minsk deveria ser a chave, porque é a base deste frágil cessar-fogo, mas ainda não foi completamente implementado. Pensa que a Ucrânia também deveria dar alguns passos?

Pietro Parolin: Certamente! Até o papa Francisco tem referido repetidamente o acordo de Minsk como a plataforma inicial para se poder avançar.

Pensa que é mais difícil alcançar um acordo honesto entre as partes porque estes países são perturbados pela corrupção?

Pietro Parolin: Quando me encontrei com desalojados pensei como é importante que quem dirige os destinos da humanidade e as suas lideranças políticas possam olhar para as pessoas nos olhos e verem como essas pessoas também choram, como nós vimos, verem que essas pessoas sofrem e ficarem emocionadas com este sofrimento. A corrupção é como uma parede que não deixa uma pessoa ver para além dos seus próprios interesses e que existem outras pessoas.

A posição da Igreja Católica é clara: abram as portas aos necessitados, quer sejam refugiados que fogem das guerras quer sejam migrantes económicos.

Pietro Parolin: Estamos conscientes que a Europa está a enfrentar um desafio sem precedentes que está a afetar negativamente a sua natureza e coesão. É evidente que a questão da integração é assustadora. O fenómeno da imigração está a avançar tão depressa que não há tempo para a assimilação. Essa é a razão pela qual é necessário um grande esforço cultural que nos possa ajudar a vivermos todos juntos, de forma a evitar que as diferenças se tornem fontes de conflito e de contraste. Antes deveriam transformar-se em oportunidades para melhorarmos mutuamente.

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