E, de repente, tornou-se realidade: a maioria dos eleitores britânicos decidiu sair.
E, de repente, tornou-se realidade: a maioria dos eleitores britânicos decidiu sair. Foi uma diferença de pouco mais de um milhão de votos no universo dos 33,5 milhões de cidadãos que foram às urnas, o que corresponde a uma taxa de participação acima dos 72%. Contas feitas e arredondadas: 52% a favor da saída da União Europeia; 48% pela permanência.
Se, no início da noite, as coisas pareciam encaminhar-se para a continuação, tudo mudou quando, à uma da manhã, a circunscrição de Sunderland anunciou uma clara vitória do afastamento.
Ainda longe do fim da contagem geral, este anúncio faria a libra esterlina cair imediatamente 3% nos mercados.
O dia 23 de junho fica, portanto, inscrito na história britânica e europeia.
Não é só a separação de Bruxelas que este ato eleitoral assinalou: ficou evidente a divisão no interior do Reino Unido. Em traços largos, o norte – tanto a Escócia, como a Irlanda do Norte – optava por ficar. Mas a sul, a Inglaterra e o País de Gales acabaram por determinar o desfecho. Para os britânicos, soou a hora de partir.