Síria: avanços na conquista de Manbij ao Daesh e "ataques de gás" em Sarareq

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De  Euronews
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Um porta voz das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança maioritariamente curda apoiada pela coligação internacional contra o Estado Islâmico, declarou que três quartos da cidade de Manbij, no n

Um porta voz das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança maioritariamente curda apoiada pela coligação internacional contra o Estado Islâmico, declarou que três quartos da cidade de Manbij, no norte da Síria, foram recuperados ao Daesh.

Sob controlo dos jihadistas desde há dois anos e meios, Manbij é um ponto estratégico dado fazer a ligação entre Raqqa, sob controlo do Daesh, e a fronteira turca.

A sua reconquista seria a mais dura derrota para o Daesh na Síria desde a perda de Palmira em março.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, fala em 40% da cidade retomada, e em mais 2 300 civis libertados no último avanço das forças.

Os combates intensos entre as forças democráticas Sírias e o Daesh para ganhar Manbij, que começaram há 3 meses, já permitiram a libertação de 40 a 50 mil civis, segundo a FDS.

A reconquista de Manbij pode ainda levar mais algumas semanas.
Os custos de vidas civis, difíceis de contabilizar, cifram-se segundo estimativas de fontes locais e de ONG internacionais, em pelo menos 200 mortos desde o final de maio. Um número pesado numa cidade com cerca de 100 mil habitantes, mais elevado que as perdas humanas causadas pelos ataques aéreos anti auto-proclamado Estado Islâmico nas batalhas de Ramadi ou de fallujah, no Iraque, reconquistadas ao Daesh em fevereiro e junho, respectivamente.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os bombardeamentos da coligação liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas fez até agora cerca de 600 mortos civis, dos quais 136 eram crianças.

Segundo a Airwars, uma outra ONG também sediada em londres, cifram-se em mais de 1 500 as vítimas civis, no total, atingidas pela coligação no iraque e na Síria.

Em Saraqueb, na província de Idlib, onde um helicóptero russo foi abatido esta segunda feira, um serviço de salvamento sírio a operar em território controlado por rebeldes relatou a largada de contentores de gás tóxico durante a noite, com suspeita de se tratar de gás clorino, sem que seja clara autoria do ataque.

A Defesa Civil Síria fala em 33 pessoas, maioritariamente mulheres e crianças, afectadas. O gás clorino pode causar perturbações respiratórias graves e sangue espumado na boca.

O cloro é um químico industrial comum, mas o uso em armas está excluído pela Convenção de Armas Químicas.

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