Alemanha: Milhares protestam contra os acordos de livre comércio com EUA e Canadá

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De  Nelson Pereira
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Dezenas de milhares de pessoas sairam à rua este sábado em várias cidades da Alemanha, para exigir que a União Europeia renuncie aos acordos de livre comércio com os Estados Unidos e o…

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Dezenas de milhares de pessoas sairam à rua este sábado em várias cidades da Alemanha, para exigir que a União Europeia renuncie aos acordos de livre comércio com os Estados Unidos e o Canadá.

Os protestos têm lugar em Berlim, Frankfurt, Hamburgo, Colónia, Leipzig, Munique e Estugarda. Os organizadores previam a participação de 250 mil pessoas.

#StopCetaTTIP: Hamburg: 65.00, Köln: 55.000, Berlin: 70.000, München: 25.000, FFM: 50.000, Stuttgart: 40.000, Leipzig: 15.000 WAHNSINN!

— TTIP & CETA stoppen! (@TTIP_Demo) 17 septembre 2016

O Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), e o Acordo Global Económico e de Trocas (CETA), negociados respectivamente com Washigton e Ottawa, são considerados pelos seus opositores prejudiciais para o emprego, a agricultura e o meio-ambiente.

As negociações do CETA, entre a Comissão Europeia e o Canadá, foram concluídas em finais de 2014. O acordo aguarda a ratificação dos Estados-membros para entrar em vigor.

Os críticos destes acordos denunciam a falta de transparência com que as negociações do TTIP têm sido conduzidas e receiam que Bruxelas tencione aplicar o CETA à revelia dos parlamentos nacionais. Alertam igualmente para o poder que passariam a ter as grandes empresas norte-americanas de processar os Estados-membros da União Europeia, impedindo os países de legislar contra elas. Como exemplo lembram que a tabaqueira norte-americana Philip Morris processou a Austrália para bloquear a intenção do governo australiano de retirar dos maços de cigarros o nome e a publicidade das marcas.

Nas últimas semanas, o vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, e o secretário de Estado do Comércio Exterior da França, Matthias Fekl, afirmaram que o acordo com os Estados Unidos estava morto.

Sigmar Gabriel, ministro da Economia, vice-chanceler da Alemanha e presidente do Partido Social-Democrata (SPD), declarou que «as negociações com os Estados Unidos fracassaram de facto, embora ninguém ainda o reconheça».

Fekl garantiu que Paris vai pedir o fim das negociações sobre o TIPP, depois de Gabriel ter dito que “As negociações com os EUA fracassaram, porque nós, os europeus, não quisemos submeter-nos às exigências dos americanos”.

Declarações contrariadas pelo porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas que assegurou estarem a ser feitos “progressos firmes” nas negociações.

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