Furacão "Nicole" deixa rasto de destruição pelas Bermudas

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De  Francisco Marques  com royal gazette, washington post
Furacão "Nicole" deixa rasto de destruição pelas Bermudas

As Bermudas foram atingidas em cheio esta quinta-feira pelo “Nicole”. O furacão de categoria três, com ventos a mais de 190 quilómetros hora, deixou um rasto de destruição, mas até ver sem notícias de vítimas humanas, adiantava ao final da tarde, já quase 23 horas Lisboa.

De acordo com o centro norte-americano de controlo de furacões (NHC), por volta do meio-dia, hora local (16 horas em Lisboa), o olho do furacão, com um diâmetro estimado superior à principal ilha das Bermudas, passou exatamente sobre o arquipélago.

Curiosamente, durante a passagem do epicentro do “Nicole”, os ventos registaram uma estranha e misteriosa acalmia (vídeo em baixo), mas à medida que o olho do furacão se foi afastando para norte, o vento forte voltou ao arquipélago.

Eerily calm in the eye! Just waiting for part two! And more 100mph+ wind! #hurricanenicole #bermuda #weather #wutv

A video posted by Adrian Cunningham (@ballyknockphoto) on

De acordo com o jornal local Royal Gazette, o furacão provocou várias inundações, fez ruir paredes e estradas, arrasou telhados, derrubou árvores e esmagou barcos.

O facto de o “Nicole” ter passado pelo arquipélago menos de três semanas após a tempestade tropical “Karl” permitiu que a população estivesse já devidamente preparada.

Em 2003, a passagem pelas Bermudas do último furacão de categoria três, o “Fabian”, fez quatro mortos e deixou prejuízos na ordem dos 300 milhões de dólares (270 milhões de euros, ao câmbio atual). Desta feita, os prejuízos estão ainda por calcular.

De acordo com Washington Post, o “Nicole” será o mais forte furacão de sempre, entre os registados, a passar sobre as Bermudas.

Citando um especialista do Capital Weather Gang, o jornal norte-americano lembra que em 1939 terá passado um tão forte pelo arquipélago, mas que nem nome sequer lhe foi atribuído.

Com o “Matthew”, que na semana passada arrasou o Haiti e as Bahamas, e agora o “Nicole”, ambos de categoria três, esta é a primeira vez desde que há registos que dois potentes furacões se formam durante o mês de outubro.