União Europeia desenvolve escudo contra ataques cibernéticos

União Europeia desenvolve escudo contra ataques cibernéticos
De  Francisco Marques com Akis Tatsis, ENISA
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A Agência para a Segurança das Redes e da Informação dos "28" (ENISA) acaba de entrar na segunda fase de um exercício bianual para reforçar os processos de defesa na internet.

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A segurança cibernética é cada vez mais uma preocupação da nossa era. Das empresas, dos governos e até nas nossas próprias casas. A pensar nos perigos em que a progressiva dependência da internet cada vez mais nos coloca, a Agência da União Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA) têm em curso um regular exercício bianual, que acaba de entrar na segunda fase e da qual a euronews pôde recolher imagens em exclusivo.

Breaking news! #ENISA has launched #CyberEurope 2016 – the largest cyber security exercise in the world! https://t.co/N1QoU2MSqM

— ENISA (@enisa_eu) 13 de outubro de 2016

À nossa reportagem e em pleno mês europeu da segurança cibernética, o diretor executivo da ENISA sublinhou os “ciberataques criminosos” reportados nas notícias, como tem sido o caso de “roubos de contas bancárias ou de outras informações privadas”.

“Temos visto também ataques a redes fiscais e até ataques políticos como na Estónia ou na Geórgia, há alguns anos. Portanto, esta é uma ameaça real e o que estamos aqui a fazer é preparar a Europa para que nos possamos defender por nós mesmos”, explicou o alemão Udo Helmbrecht, diretor executivo da ENISA há sete anos.

Anónimos são o alvo mais fácil

Os governos serão os alvos mais apetecidos dos piratas informáticos, mas são os utilizadores anónimos da internet as presas mais fáceis do cibercrime. Em recente entrevista ao SapoTek, o investigador sénior do Kaspersky Lab, Jose Selvi, explicou que existem três objetivos no cibercrime: obtenção de dinheiro, roubo de informações ou simplesmente infligir danos. O “ransomware” é uma das técnicas cada vez mais utilizadas. Recorre ao sequestro e encriptamento dos dados das vítimas com exigência de um resgate para devolver o acesso. É “bastante lucrativo” porque os alvos “são pessoas comuns que não são especialistas em segurança”, explicou José Selvi. Fonte: SapoTek

Numa altura em que é notícia, por exemplo, supostos atos de pirataria informática na campanha presidencial norte-americana, por alegada ação russa, o português que lidera a administração da ENISA sublinha a importância “de se reforçar o orçamento e a equipa” da agência. “Vamos pedi-lo aos estados membros porque o que é feito nesta agência é crucial para deixar a Europa preparada e pronta a agir para algo que pode acontecer muito em breve”, avisou Paulo Empadinha, um dos principais responsáveis da ENISA desde o início de 2013 depois de ter trabalhado no Iraque.

O correspondente da euronews em Atenas conta-nos, a concluir, que “a Europa está a preparar” na Grécia a sua “firewall”, isto é, “o seu próprio escudo protetor contra o cibercrime”.

“Mais de um milhar de pessoas lutam, aqui em Atenas e por toda a Europa, contra eventuais ataques cibernéticos. São simulados processos que requerem alta rapidez, um alto nível de conhecimentos e uma enorme e efetiva cooperação”, explica-nos Akis Tatsis.

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