Mais de 40 mil sul-coreanos exigem a demissão da Presidente Park Geun-hye

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De  Francisco Marques com Lusa, Yonhap
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A chefe do Estado da Coreia do Sul está a ser implicada numa investigação envolvendo corrupção e tráfico de influências, assume responsabilidades e aceita ser investigada.

Dezenas de milhares de pessoas concentraram-se este sábado no centro de Seul para pedir a demissão da Presidente Park Geun-hye, de 64 anos. Em causa está um escândalo de corrupção e tráfico de influências, envolvendo para já apenas pessoas próximas à chefe do Estado.

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De acordo com a polícia, o protesto juntou 43 mil pessoas, enquanto os organizadores da manifestação garantem ter participado cerca de 100 mil.

Uma sondagem da agência local Gallup Korea deu conta sexta-feira de que a aprovação popular de Park Geun-hye havia caído a pique para os cinco por cento esta semana, o nível mais baixo de um Presidente na história da Coreia do Sul, sublinha agência sul-coreana Yonhap.

Numa mensagem ao país, emitida sexta-feira, Park Geun-hye — por enquanto apenas mera testemunha na investigação — negou envolvimento nos casos sob investigação, mas assume a responsabilidade de ter sido imprudente e aceitou ser investigada.

A líder sul-coreana referiu-se ainda às acusações de ter aderido a um culto religioso e de que teria permitido rituais xamânicos na Casa Azul, a residência e gabinete oficial do chefe do Estado. “Nada disto é verdade”, garantiu a Presidente da Coreia do Sul.

O caso foi espoletado por causa de uma amiga íntima de Park Geun-hye. Choi Soon-sil, de 60 anos e há 40 amiga da agora Presidente, foi detida segunda-feira, sob suspeita de se ter apropriado de dinheiros públicos e de abuso político.

Na quinta-feira, foi também detida Jeong Ho-seong, uma antiga secretária pessoal da Presidente, por ter alegadamente passado a Choi documentos presidenciais confidenciais envolvendo questões diplomáticas e de segurança nacional.

Na sexta-feira, a procuradoria solicitou, entretanto, a detenção de An Chong-bum, uma outra antiga secretária da Presidente responsável pela coordenação de políticas, por ter supostamente obrigado empresas locais a fazer doações para o estabelecimento de duas fundações sem fins lucrativos, a Mir e a K-Sports, das quais Choi Soon-sil é suspeita de ter desviado dinheiro.

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