Cerveja belga candidata a património Cultural da UNESCO

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De  Nara Madeira
Cerveja belga candidata a património Cultural da UNESCO

A Bélgica quer ver os seus mais de um milhar de tipos de cervejas consideradas património Cultural da UNESCO.

Para os belgas, que apresentaram a candidatura em 2015, e esperam agora uma decisão, a arte da fabricação da cerveja, faz parte da identidade deste país e merece, por isso, ser preservada.

“Estas cervejarias criaram, à sua volta , uma cultura da cerveja, temos os nossos bares, os nossos museus, organizamos festas, temos o ritual de como servir cerveja”, explica Jean-Louis Van de Perre, presidente da Federação Belga de Cervejarias.

Quase 200 cervejarias, 30 museus dedicados à cerveja, num país que tem pouco mais de 11 milhões de habitantes, estimativa de 2016. Cervejarias onde se produzem, segundo o documento de candidatura, enviado à UNESCO, cerca de 1500 cervejas diferentes. A decisão da UNESCO será tomada na próxima semana.

Para os consumidores o pedido belga faz todo o sentido:

“A cerveja belga faz parte da cultura belga. Ainda são 18h30 e o bar já está cheio.Toda a gente bebe cerveja enquanto passa um bom momento e descontrai. Penso que reunirmo-nos à volta de uma cerveja, num café belga, faz parte dessa cultura”, afirma Antoine Mathieu, consultor na área da energia, em Bruxelas.

A candidatura foi submetida à UNESCO pelo conjunto das regiões belgas que acreditam que a fabricação de cerveja melhora o bem-estar dos belgas, estimula a economia, divulga os produtos locais e fortalece os laços sociais.

Com Reuters