As duas jovens da minoria Yazidi que receberam o Prémio Sakharov, esta terça-feira, no Parlamento Europeu, pediram a proteção europeia para aquela comunidade no Iraque, que tem sido vítima de genocídi
As duas jovens da minoria Yazidi que receberam o Prémio Sakharov de Liberdade de Pensamento, esta terça-feira, no Parlamento Europeu, pediram a proteção europeia para aquela comunidade no Iraque, que tem sido vítima de genocídio pelo grupo terrorista Daesh.
Nadia Murad, de 23 anos, disse que “se o mundo é incapaz de nos proteger na nossa terra, peço-vos que abram as vossas portas para dar refúgio a meio milhão de Yazidis do Iraque, num movimento migratório organizado semelhante ao que aconteceu após o Holocausto”.
“Não podemos continuar a ser o combustível do genocídio e da escravidão. Também deve haver um sistema para julgar, local e internacionalmente, os responsáveis por estes crimes”, acrescentou a jovem que, há poucos meses, foi designada Embaixadora de Boa Vontade pela Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico de Seres Humanos das Nações Unidas.
Além do diploma, as jovens, que agora vivem na Alemanha, receberam 50 mil euros.
A outra galardoada, Lamiya Aji Bashar, de 18 anos, também pediu apoio para a comunidade, sobretudo para os milhares de mulheres e meninas que, tal como ela e Nadia, foram feitas escravas sexuais e ainda estão sob controlo dos terroristas.