Brexit: "É uma estratégia arriscada dizer à Europa : sejam bonzinhos senão o Reino Unido fica furioso"

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No Fórum Económico Mundial, em Davos, a euronews falou com dois especialistas sobre as futuras negociações entre o Reino Unido e a União Europeia.

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No Fórum Económico Mundial, em Davos, a euronews falou com dois especialistas sobre as futuras negociações entre o Reino Unido e a União Europeia.

“Se olharmos para o que se passou na Grécia, nos últimos cinco anos, vemos que nas negociações temos os 27 países de um lado e um só país do outro. A posição dos 27 vence. Eles unem-se para garantir a sobrevivência da União Europeia. É uma estratégia arriscada dizer à Europa : sejam bonzinhos senão o Reino Unido fica furioso”, afirmou Ryan Heath, correspondente do site Politico.

“A Teresa May tem de ser realista em relação aos próximos dois anos. Ela não tem uma boa equipa, o Reino Unido não possui peritos em comércio, há décadas. Vai ser difícil desenvolver essas competências e chegar a um acordo em dois anos. Não se trata apenas do divórcio, mas de construir uma nova relação e de manter a boa vontade da União Europeia em relação ao outro lado”, acrescentou Ryan Heath.

Para a consultora Ernst & Young, a saída do Reino Unido do bloco europeu pode representar uma diminuição do capital disponível para as empresas europeias.

“Os serviços financeiros em Londres geram 1,3 mil milhões de euros de empréstimos às empresas europeias . 70 por cento dessa soma vem dos bancos britânicos ou de bancos sedeados em Londres. Trata-se de um aspeto fundamental do acordo de transição para o Brexit. Se essa questão não for negociada, há um risco para a economia europeia, um risco de abrandamento do crescimento do capital injetado pelos bancos”, disse Andrew Baldwin, gestor da Ernst & Young.

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