Num país mergulhado numa profunda crise, Lukashenko queria que os que não trabalhassem pelo menos 183 dias por ano, pagassem cerca de 250 dólares de multa ao Estado.
Por uma vez, Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, cedeu à pressão dos protestos populares e informou, esta quinta-feira, que não vai aplicar a lei que prevê multas para quem não trabalhe a tempo inteiro.
Num país mergulhado numa profunda crise, o último ditador da Europa queria que os que não trabalhassem pelo menos 183 dias por ano, pagassem cerca de 250 dólares de multa ao Estado.
Belarusian President Suspends Collection Of 'Parasite' Tax On Jobless People https://t.co/Ozh2ieMl21 via
RFERL</a></p>— Christopher Miller (
ChristopherJM) March 9, 2017
Apelidada de “lei contra os parasitas sociais”, um termo muito em voga durante o estalinismo para denegrir os que não tinham trabalho, a legislação tem sido muito contestada nas ruas.
“Parasitas de todo o mundo, uni-vos”, podia-se ler em faixas durante as manifestações das últimas semanas, numa analogia irónica com o famoso mote: “proletários de todo o mundo, uni-vos”, de Karl Marx, no Manifesto Comunista.
Apesar do recuo de Lukashenko, a mobilização promete continuar, com manifestações já convocadas para os próximos dias:
#Belarus opposition claims it will continue planned anti-#tax#protests despite #Lukashenka's u-turn:https://t.co/qJ6IQ86JWtpic.twitter.com/s3UsGzBEVL
— Alex Kokcharov (@AlexKokcharov) March 9, 2017