A Síria tornou-se numa enorme câmara de tortura, um local de horror e injustiça absoluta, foi assim que o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos descreveu a situação no país esta terça-feira
A Síria tornou-se numa enorme câmara de tortura, um local de horror e injustiça absoluta, foi assim que o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos descreveu a situação no país esta terça-feira em Genebra no âmbito do Conselho da ONU para os Direitos Humanos.
As prisões permanecem uma questão central para muitos no país e que pode determinar o futuro de qualquer acordo político
Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos
Zeid Ra’ad al-Hussein apelou também à libertação de milhares de detidos sírios dizendo que qualquer acordo de paz teria que inclui estas questões.
“O apuramento de responsabilidades, o estabelecimento da verdade e respetivas indemnizações terão que ter lugar de forma a que o povo sírio se possa reconciliar e encontrar a paz. Isto não é negociável. As prisões permanecem uma questão central para muitos no país e que pode determinar o futuro de qualquer acordo político”, disse o alto funcionário da ONU.
O relatório classifica ainda como um crime de guerra o bombardeamento em 2016 pela aviação síria de uma fonte de água potável que alimentava a capital, Dâmasco, desmentindo acusações de que a oposição teria contaminado o local.
O encontro em Genebra foi marcado pela ausência da delegação do governo sírio. O representante da Rússia, o principal aliado, descreveu o evento como “um desperdício de tempo valioso”.
De recordar que esta terça-feira assinalam-se seis anos sobre o início do conflito sírio.