UE: Cimeira de Roma fragilizada por divergências

UE: Cimeira de Roma fragilizada por divergências
De  Nelson Pereira
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Os líderes europeus estão reunidos este sábado na capital italiana para assinalar o aniversário do tratado que há 60 anos lançou os fundamentos da União…

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Os líderes europeus estão reunidos este sábado na capital italiana para assinalar o aniversário do tratado que há 60 anos lançou os fundamentos da União Europeia.

Uma cimeira à procura de consenso, numa Europa fragilizada pelo Brexit e pelas divergências sobre questões tão importantes como políticas de austeridade, programas de resgate e repartição de esforços no acolhimento de migrantes e refugiados.

Para Monica Frassoni, dos Verdes europeus, é necessário relançar o projeto europeu:

“Não julguemos que há 60 anos estava toda a gente fascinada com a União Europeia, longe disso. A União Europeia levou muito tempo a tornar-se uma evidência. Mas quando as evidências não funcionam bem, não podemos esperar que as pessoas se identifiquem com elas”, constatou Frassoni, acrescentando que “Tal como há 60 anos foi necessário um esforço para conquistar apoios, terá de ser feito o mesmo agora. Não como há 60 anos, mas com vase em elementos visíveis, tangíveis, como a questão de um desenvolvimento económico sustentável que posse tornar-se de facto um elemento de esperança.”

Londres sai, Atenas e Varsóvia reivindicam solidariedade

Em pano de fundo, a oposição da Polónia à ideia de uma União Europeia a duas velocidades, defendida pela Alemanha e pela França, e a exigência grega de garantias de proteção dos direitos laborais na negociação do próximo pacote de ajuda à Grécia.

Varsóvia chegou a ameaçar não assinar a declaração de Roma se não visse incluídas no documento referências à cooperação com a NATO, à defesa de um mercado comum e ao reforço do papel dos parlamentos nacionais.

Atenas quer o apoio dos parceiros da União Europeia face às imposições do FMI, no capítulo das reformas laborais, que considera demasiado radicais. O FMI pede a Atenas medidas de facilitação dos despedimentos coletivos e do lock out patronal e que o salário mínimo seja determinado pelo Estado. O governo de Alexis Tsipras considera que estas reformas viriam degradar as condições de trabalho e defende o direito dos trabalhadores à negociação coletiva de salários e direitos.

Na fotografia de família, em Roma, não vai estar a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que na quarta-feira acionará formalmente o pedido para a saída da União Europeia.

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