As eleições no pequeno estado federado alemão darão o pontapé de saída para as legislativas que oporão Merkel a Schulz.
O escrutínio para o parlamento regional no Sarre é o teste que inicia a contagem decrescente para as eleições legislativas de 24 de setembro próximo, na Alemanha.
Voting has started in #Germany's Saarland state election.
— Yannis Koutsomitis (@YanniKouts) March 26, 2017
A small first test for the “Schulz-effect”. https://t.co/eQUR8tsJsv#ltwsaar17
Estas eleições são vistas como indício da eventualidade dos sociais democratas de Martin Schulz fazerem vacilar a união democrata cristã de Angela Merkel, ainda que Sarre seja um pequeno estado federado na fronteira com a França e represente um por cento da população, com 800 mil eleitores.
Em Janeiro, a candidata da CDU no Sarre, antiga região mineira e operária, tida como a “Grécia da Alemanha”, tinha vantagem de mais de dez pontos percentuais, mas o chamado “efeito Schultz”, desde que o antigo presidente do Parlamento Europeu foi escolhido como candidato a chanceler, parece sentir-se: o SPD (32% a 34% de intenção de voto) de Schulz estava apenas a um ou dois pontos percentuais de distância da CDU (35% a 37% de intenção de voto) de Angela Merkel nas últimas projeções.
A União Democrata Cristã está ao comando do destino do Sarre há 18 anos, mas desta vez, mesmo que chegue na dianteira dos votos, pode ter de sair do poder.
Isto porque os sociais democratas, parceiros minoritários do agora governo regional, antecipam uma aliança com a esquerda radical do partido Die Link, para quem se antecipam 12 a 13% dos votos e a que se poderão juntar os Verdes, se se conseguirem reeleger para o Parlamento regional.
A 7 de maio serão os eleitores de Schleswig-Holstein (norte) a depositar voto nas urnas, antes da Renânia do Norte-Vestefália (oeste), feudo social-democrata e a região mais povoada do país, que votará uma semana mais tarde.
O Sarre dá assim início àquilo que fará de 2017 um “super ano eleitoral”. O escrutínio para as legislativas alemãs, marcado para 24 de setembro, é um dos mais esperados numa Europa em crise.