Primeiro-ministro turco clama vitória no referendo, "segundo resultados não oficiais"

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De  Euronews
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O governo turco clama vitória no referendo deste domingo, quando a oposição denuncia irregularidades e manipulações e exige uma recontagem de votos.

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O governo turco clama vitória no referendo deste domingo, quando a oposição denuncia irregularidades e manipulações e exige uma recontagem de votos.

O primeiro-ministro Yukdirim anunciou esta noite a “vitória do SIM, segundo resultados não oficiais”, frente a uma multidão concentrada frente à sede do partido governamental AKP.

Segundo os resultados não oficiais, o SIM à expansão dos poderes de Tayyip Erdogan terá ganho o sufrágio com 51% de votos, a apenas 2% de distância do campo do NÃO.

O chefe de Estado congratulou-se já com o resultado, num telefonema aos líderes da oposição. Um resultado ainda não confirmado pela Comissão Eleitoral, que deveria permitir que o país adote um sistema presidencialista, com os maiores poderes do país concentrados em Erdogan.

A oposição do partido republicano CHP e do partido pró-curdo HDP denunciam, no entanto, irregularidades em 2/3 dos votos, afirmando que mais de 2,5 milhões de boletins são inválidos, ao não conterem o carimbo inicialmente exigido pela comissão eleitoral.

A CE tinha, no entanto, anunciado ao início da tarde que, ao contrário do que estipulam as regras eleitorais,iria aceitar os boletins sem o carimbo oficial.

Alguns responsáveis dos dois partidos afirmam que o NÃO teria ganho por 52%, quando a Comissão Eleitoral ainda não se pronunciou sobre o resultado final, e o sítio internet da organização foi temporariamente suspenso.

Vários vídeos, como este, publicados na Internet demonstram alegadas fraudes nas assembleias de voto.

O NÃO venceu em Istambul, Ancara e Izmir, as três maiores cidades do país, assim como na zona curda da Turquia

A participação situou-se nos 83,6%.

Se o governo defende o SIM como uma forma de estabilidade para o país, já a oposição fez campanha pelo NÃO ao que considera ser uma autocracia, com um presidente com poderes reforçados, após a recente purga que levou dezenas de milhares de militares, funcionários públicos, professores e jornalistas à prisão, após o golpe falhado de julho.

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