Exército iraquiano aperta cerco a EI no centro de Mossul

As forças iraquianas apertam o cerco aos combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) em Mossul, um dia depois de abrirem uma nova frente de batalha no noroeste da cidade.
O ataque surpresa teria permitido recuperar o controlo do bairro de Musherfa 2, empurrando os combatentes para o centro da zona medieval.
Os militares afirmam ter morto 30 combatentes, destruíndo pelo menos cinco viaturas armadilhadas, numa zona onde os islamitas não tinham instalado barreiras, para poder continuar a levar a cabo ataques suicidas.
Segundo o Coronel John Dorrian, porta-voz da coligação contra o EI, liderada pelos EUA:
“A derrota de Mossul vai afetar os projetos do grupo Estado Islâmico. Trata-se da maior cidade do Iraque, de um símbolo de prestígio e de uma fonte de financiamento graças aos impostos cobrados à população. A perda deste território constitui um revês importante para o grupo armado”.
Sete meses após o início da ofensiva, o governo iraquiano fala de um assalto final, quando espera poder terminar a batalha até ao final do mês.
Segundo fontes militares, o grupo estará a perder terreno, no oeste da cidade, assim como potência de fogo, de uma média de 200 morteiros disparados diários registados há dois meses, a apenas 30 atualmente.
Os combatentes estarão atualmente entrincheirados na zona antiga, junto à mesquita de Grand al-Nuri, no noroeste da cidade.