A menos de 48 horas antes das eleições presidenciais em França, vários gigabytes de documentos internos da equipa "En marche! do candidato Emmanuel Macron foram publicados nas redes sociais. O movim
Em França, a poucos minutos antes do final da campanha oficial na sexta-feira à meia-noite, uma série de documentos internos da equipa de campanha Emmanuel Macron foram amplamente difundidos nas redes sociais, entre os quais correspondência de domínio privado do candidato, troca de e-mails e registos de contabilidade do movimento.
Estes arquivos foram publicados através de um link de transmissão pelo site Wikileaks e abundantemente retransmitidos pelos activista de extrema-direita no Twitter.
Os responsáveis da WikiLeaks, no entanto, desmentiram estar na origem desta campanha que ficou conhecida como “MacronLeaks”.
Imediatamente, a equipa do candidato denunciou a “pirataria massiva e a ação coordenada”, vendo-a como uma “operação de desestabilização” na véspera do segundo turno. “Os arquivos foram obtidos há algumas semanas com a pirataria de caixas de correio pessoais de profissionais e de vários líderes do “En Marche!” lê-se num comunicado, acrescentando que os documentos são todos “legais e refletem o funcionamento normal de uma campanha presidencial.” https://en-marche.fr/article/communique-presse-piratage
Entretanto advertiram que o material publicado mistura a informação falsificada com originais genuínos.
Os media franceses estão obrigados a um período de reserva em vigor para todo o fim de semana antes da votação de domingo, pelo que ainda não abordaram a notícia. O órgão responsável pela implementação das regras advertiu que discutir o conteúdo das supostas fugas poderia ser um crime punível com prisão.
A pedido da equipa do candidato visado, a comissão responsável pela supervisão da campanha eleitoral emitiu uma declaração apelando a “todos os internautas, principalmente aos meios de comunicação social, mas igualmente ao público em geral para mostrar responsabilidade e não partilharem esse material para não comprometer a integridade da votação”.
Sábado à tarde tarde, o chefe de Estado, FrançoisHollande garantiu que nada ficará sem resposta. “Nós sabíamos que haveria esse risco durante a campanha presidencial, uma vez que tinha acontecido em outros lugares (…) Se realmente houve um número de interferências ou gravações, haverá procedimentos com vista a sanções “, disse Hollande, à margem de uma visita ao Instituto do mundo árabe com o Rei de Marrocos Mohamed VI.