Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Julian Assange declarado "homem livre" por tribunal norte-americano das Ilhas Marianas

Julian Assange
Julian Assange Direitos de autor  Rick Rycroft/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Rick Rycroft/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Assange declarou-se culpado de uma acusação de espionagem nos Estados Unidos em troca da sua liberdade. Quase 15 anos depois, o fundador do WikiLeaks está de volta ao seu país natal.

PUBLICIDADE

Julian Assange, de 52 anos, é agora um homem livre.

Num tribunal em Saipan, nas Ilhas Marianas, território norte-americano, o fundador do WikiLeaks declarou-se culpado de uma acusação federal de espionagem nos Estados Unidos em troca da sua liberdade.

O arquipélago no Pacífico fica relativamente perto da Austrália, país natal de Assange, e permitiu-lhe evitar entrar no território continental dos Estados Unidos.

Assange esboçou um ligeiro sorriso quando a juíza Ramona Manglona leu a sentença, declarando-o um "homem livre".

"Julian Assange enfrentava 175 anos de prisão por ter publicado provas de crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e irregularidades cometidas pelos Estados Unidos em todo o mundo.", sublinhou Jennifer Robinson, advogada de Julian Assange.

"Hoje, declarou-se culpado de um crime por ter publicado informações de interesse público, pelas quais ganhou prémios de jornalismo em todo o mundo e foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz todos os anos na última década. Isto abre um precedente perigoso.", acrescentou a advogada.

O acordo implicou que o editor australiano admitisse a culpa numa única acusação de crime, mas também lhe permitiu regressar à Austrália sem ter de cumprir uma eventual pena numa prisão americana.

Assange foi condenado aos cinco anos que já tinha passado atrás das grades no Reino Unido, onde lutou contra a extradição para os Estados Unidos que poderia ter resultado numa longa pena de prisão em caso de condenação.

Antes do período de cinco anos numa prisão de alta segurança do Reino Unido, Assange esteve exilado durante sete anos na embaixada do Equador em Londres.

O fundador do WikiLeaks tem sido exaltado pelos apoiantes como um defensor da transparência, mas criticado pelos peritos da segurança nacional, que insistem que a sua conduta colocou vidas em risco e ultrapassou largamente os deveres tradicionais do jornalismo.

O processo criminal instaurado pelo Departamento de Justiça da administração Trump centra-se na receção e publicação de centenas de milhares de registos de guerra e telegramas diplomáticos que incluíam pormenores de irregularidades cometidas pelos militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

Após a audiência desta quarta-feira, Assange deixou Saipan de avião por volta do meio-dia com destino à Austrália. Depois de sete horas de viagem, aterrou no aeroporto internacional de Camberra, onde familiares o aguardavam.

O fundador do WikiLeaks está assim de volta ao seu país natal, quase 15 anos após ter revelado informação confidencial que dava conta de crimes cometidos pelo Exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

O momento em que Assange reencontra a mulher depois de sair do tribunal como um "homem livre"

Julian Assange libertado e a caminho de casa depois de chegar a acordo com a Justiça dos EUA

Tribunal de Londres decide que Assange pode recorrer da ordem de extradição para os EUA