Coreia do Sul vota novo Presidente da República

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A destituição de Park Geun-hye precipitou as eleições presidenciais na Coreia do Sul. Esta terça-feira haverá um novo nome para a Presidência.

Depois do escândalo que resultou na destituição de Park Geun-hye enquanto Presidente da República da Coreia – a primeira a figurar na história do país – a votação para eleger um novo Presidente está em jogo esta terça feira, 9 de maio.

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A votação decorre por toda a Coreia do Sul, esta terça feira, para eleger um novo presidente da República depois da destituição da presidente Park Geun-hye, a ser julgada brevemente por suborno, coerção e abuso de poder, entre outras acusações. Geun-hye fica na história da coreia do sul como a primeira presidente mulher e destituída.

Já o ex advogado especializado na defesa dos direitos do Homem, Moon Jae-in, espera ser o primeiro presidente liberal sul-coreano nos últimos quase 10 anos. As sondagens davam-lhe uma vitória confortável e o candidato do partido democrático de centro-esquerda juntou-se à participação recorde dos eleitores no depósito do voto, possível desde as seis da manhã, hora de Seul, em mais de 139 mil locais.

Two events mark South Korean calendars this week: one, today's snap presidential election. Can you guess the other? https://t.co/fciU7RVNvM

— Stephanie Studer (@studersc) May 9, 2017

Apresenta-se pelo Partido Democrático, de oposição, e as últimas sondagens apontavam para 40% dos votos. Concorreu nas presidenciais de 2012, mas Geun-hye obteve a vitória.

Moon Jae-in quer mais bombeiros, professores e polícia, mas o objectivo principal é proteger a frágil recuperação da quarta maior economia asiática. Tem um conservador ao seu lado para a área de economia, Kim Kwang-doo, que os media apontam como provável primeiro-ministro.

Defende negociações com a Coreia do Norte em vez de persistir nas agressões mútuas e já apelou a alguma contenção por parte de Donald Trump quanto a Pyongyang, manifestando-se contra um primeiro ataque americano, para além de exprimir preocupação quanto ao massivo sistema defensivo Thaad, dos Estados Unidos, instalado no sul do país.

#SouthKorea faces great challenges & population feels economy is most important issue for new president https://t.co/aJqaRH0q5v

— Crisis Group (@CrisisGroup) May 9, 2017

Tal como o mais forte candidato, o centrista Ahn Cheol-so defende a negociação com a Coreia do Norte e expressa preocupação com a posição bélica dos Estados Unidos face a Pyongyang. As sondagens davam-lhe cerca de metade dos votos dedicados a Moon Jae-in.

Ahn Cheol-so, ex líder do Partido do Povo, é visto como o único candidato a poder fazer frente a Moon Jae-in, mas as sondagens davam-lhe apenas 20% dos votos. Por vezes comparado a Bernie Sanders, quer reformar educação, saúde e economia e desnuclearizar a península coreana, para além de querer reduzir o poderio económico controlado por algumas famílias sul-coreanas.

Nas presidenciais de 2012 desistiu da candidatura a favor de Moon para poder consolidar votos contra Park Geun-hye, objetivo gorado.

Presidential elections in South Korea could shape Trump's plan for containing North Korea, S. Nathan Park writes https://t.co/AxEze9S4iHpic.twitter.com/Yx9aDVbgd7

— The Atlantic (@TheAtlantic) May 5, 2017

Hong Joon Pyo é o candidato do partido conservador da “presidente impugnada”, as sondagens anteviam um ombro a ombro com Cheol-soo.

Viu o escândalo bater-lhe à porta quando escreveu que, em 2005, teria dado um pó afrodisíaco a um amigo que lhe terá confessado a intenção de violar uma colega.
Afirmações como “os homens têm trabalho para homens e as mulheres têm o trabalho próprio de mulheres” ou “lavar pratos é trabalho de mulheres” não fizeram crescer a popularidade do candidato.

No total, 13 candidatos para cerca de 42 milhões de eleitores. Quarta feira (10 de maio) será o empossamento, nomeação de primeiro ministro e início de funções.

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