Coreia do Sul vota novo Presidente da República

Coreia do Sul vota novo Presidente da República
De  Euronews

A destituição de Park Geun-hye precipitou as eleições presidenciais na Coreia do Sul. Esta terça-feira haverá um novo nome para a Presidência.

Depois do escândalo que resultou na destituição de Park Geun-hye enquanto Presidente da República da Coreia – a primeira a figurar na história do país – a votação para eleger um novo Presidente está em jogo esta terça feira, 9 de maio.

A votação decorre por toda a Coreia do Sul, esta terça feira, para eleger um novo presidente da República depois da destituição da presidente Park Geun-hye, a ser julgada brevemente por suborno, coerção e abuso de poder, entre outras acusações. Geun-hye fica na história da coreia do sul como a primeira presidente mulher e destituída.

Já o ex advogado especializado na defesa dos direitos do Homem, Moon Jae-in, espera ser o primeiro presidente liberal sul-coreano nos últimos quase 10 anos. As sondagens davam-lhe uma vitória confortável e o candidato do partido democrático de centro-esquerda juntou-se à participação recorde dos eleitores no depósito do voto, possível desde as seis da manhã, hora de Seul, em mais de 139 mil locais.

Apresenta-se pelo Partido Democrático, de oposição, e as últimas sondagens apontavam para 40% dos votos.  Concorreu nas presidenciais de 2012, mas Geun-hye obteve a vitória.

Moon Jae-in quer mais bombeiros, professores e polícia, mas o objectivo principal é proteger a frágil recuperação da quarta maior economia asiática. Tem um conservador ao seu lado para a área de economia, Kim Kwang-doo, que os media apontam como provável primeiro-ministro. 

Defende negociações com a Coreia do Norte em vez de persistir nas agressões mútuas e já apelou a alguma contenção por parte de Donald Trump quanto a Pyongyang, manifestando-se contra um primeiro ataque americano, para além de exprimir preocupação quanto ao massivo sistema defensivo Thaad, dos Estados Unidos, instalado no sul do país.

Tal como o mais forte candidato, o centrista Ahn Cheol-so defende a negociação com a Coreia do Norte e expressa preocupação com a posição bélica dos Estados Unidos face a Pyongyang. As sondagens davam-lhe cerca de metade dos votos dedicados a Moon Jae-in.

Ahn Cheol-so, ex líder do Partido do Povo, é visto como o único candidato a poder fazer frente a Moon Jae-in, mas as sondagens davam-lhe apenas 20% dos votos. Por vezes comparado a Bernie Sanders, quer reformar educação, saúde e economia e desnuclearizar a península coreana, para além de querer reduzir o poderio económico controlado por algumas famílias sul-coreanas.

Nas presidenciais de 2012 desistiu da candidatura a favor de Moon para poder consolidar votos contra Park Geun-hye, objetivo gorado.

Hong Joon Pyo é o candidato do partido conservador da “presidente impugnada”, as sondagens anteviam um ombro a ombro com Cheol-soo.

Viu o escândalo bater-lhe à porta quando escreveu que, em 2005, teria dado um pó afrodisíaco a um amigo que lhe terá confessado a intenção de violar uma colega.
Afirmações como “os homens têm trabalho para homens e as mulheres têm o trabalho próprio de mulheres” ou “lavar pratos é trabalho de mulheres” não fizeram crescer a popularidade do candidato.

No total, 13 candidatos para cerca de 42 milhões de eleitores. Quarta feira (10 de maio) será o empossamento, nomeação de primeiro ministro e início de funções.

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