Turquia exige "borracha" e impostos à Wikipedia para levantar bloqueio

Turquia exige "borracha" e impostos à Wikipedia para levantar bloqueio
De  Francisco Marques
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Em entrevista a uma televisão, governo turco exige a plataforma para remover informações falsas das respetivas páginas e a abertura de uma representação legal no país.

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A Turquia insiste na remoção da internet de informação que diz ser falsa e pretende cobrar impostos à Wikipedia. Só assim, Ancara admite conversar sobre o levantamento do bloqueio imposto à plataforma digital no final de abril.

O governo turco suspendeu o acesso à Wikipedia no país após a recusa da plataforma em retirar da rede global supostas informações sugerindo a relação entre o executivo liderado pelo Presidente Recep Tayyp Erdogan a grupos terroristas.

Em entrevista à NTV, o ministro turco dos Transportes, Mar e Comunicação (foto em cima) insistiu na exigência de a plataforma “remover as falsas informações” e disse ser “imperativo haver na Turquia uma representação que legalize a Wikipedia no país para que a plataforma pague impostos de acordo com a legislação fiscal do país”.


“A Wikipedia faz dinheiro na Turquia através das respetivas publicações, por isso queremos que paguem impostos. Esta é outra das perspetivas deste problema”, afirmou Ahmet Arslan, admitindo autorizar depois as publicações da plataforma.

A Wikipedia apelou, entretanto, ao Tribunal Constitucional turco depois de ter visto rejeitado no final da semana passada num outro tribunal um primeiro recurso contra o bloqueio à respetiva página no país, imposto a 29 de abril pela Autoridade para as Tecnologia de Informação e comunicação (BTK, na sigla original), citando uma lei turca proibindo páginas de internet vistas como uma ameaça à segurança nacional.


Há três anos, ainda como primeiro-ministro, Recep Tayyp Erdogan entrou em conflito com o então Presidente da Turquia, Abdullah Gül, ao revelar a intenção de bloquear as redes sociais Facebook e Youtube.

Em abril de 2014, o chefe de Governo conseguiria ainda bloquear por duas semanas o Twitter por terem sido partilhadas através desta rede social gravações relacionadas com um escândalo de corrupção envolvendo pessoas próximas de Erdogan.





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