Conversações de Genebra sem paz à vista para a Síria

Conversações de Genebra sem paz à vista para a Síria
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A Organização das Nações Unidas (ONU) conseguiu um avanço mínimo na sexta ronda do diálogo de paz entre o Governo e a oposição da Síria, mas não avançou em qualquer dos principais pontos da agenda estabelecida.

PUBLICIDADE

Com Lusa

O enviado das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, disse estar satisfeito com o facto de as conversações entre o Governo de Bashar al-Assad e os opositores terem começado, mas admitiu que houve apenas pequenos avanços.

Mistura sustentou que este passo dado pelas partes é uma boa notícia, porque quando chegar o momento de falar de uma nova Constituição, “já há trabalho feito”, sublinhou.

As reuniões de De Mistura com o Governo e a oposição realizam-se em momentos diferentes, à semelhança do diálogo político formal.

Não obstante, De Mistura fracassou no seu esforço de incluir nas reuniões técnicas da ONU com o principal grupo oposicionista – a Comissão Suprema para as Negociações (CSN) – representantes das duas plataformas da oposição toleradas por Damasco, designadas ‘Cairo’ e ‘Moscovo’.

Como sucede nas negociações que decorrem sob a atenção dos media, tanto o Governo, como a oposição, interpretaram de forma diferente o objetivo das reuniões técnicas.

O negociador principal do Governo sírio, Bashar Yafari, assegurou que a iniciativa era do próprio Executivo, e não da ONU, enfatizando que a abordagem de tratamento de assuntos constitucionais nestes encontros “não tem nada a ver” com qualquer avanço para uma eventual transição política na Síria.

O representante da CSN, Naser al-Hariri, por sua vez, minimizou a importância do anúncio, garantindo que a oposição realizou durante as conversações cerca de 10 reuniões técnicas, pelo que não é nada de extraordinário.

Nasser al-Hariri acusou o governo sírio de “não ter oferecido nada de novo para alcançar uma solução política” e de “estar contra qualquer avanço para facilitar o trabalho sobre a transição”. Queixou-se da falta de uma “pressão internacional real”, que imponha prazos à negociação, para conseguir que Damasco se implique “seriamente” no processo político.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Relógios de luxo batem recordes na feira Watches and Wonders em Genebra

Novos ataques aéreos israelitas em Gaza fazem pelo menos 100 mortos

Salão Automóvel de Genebra está de volta