ONU insiste na paz para o Iémen perante agravamento de fome e cólera

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De  Francisco Marques
ONU insiste na paz para o Iémen perante agravamento de fome e cólera

O enviado especial das Nações Unidas (ONU) para o Iémen diz ser urgente um acordo de paz devido à fome e à cólera que também estão já a dizimar este país árabe.

Perante o Conselho de Segurança da ONU, Ismael Ould Cheikh Ahmed acusou as partes em conflito de nem sequer aceitarem negociar as necessárias concessões em nome da paz.

Também o subsecretário da ONU para os Assuntos Humanitários reforçou o alerta, afirmando que “a crise não está a caminho nem a avolumar-se no Iémen, a crise já está bem à frente de todos e são as pessoas comuns quem está a pagar o preço.”

“O pior é a ameaça da fome provocada e agravada pelo conflito. O Iémen não está a sofrer uma seca. Se não houvesse um conflito não haveria fome, miséria, doenças nem morte no Iémen”, considerou Stephen O’Brien.


No discurso perante o Conselho de Segurança, o subsecretário da ONU descreveu esta como a maior crise alimentar do mundo com “mais de 17 milhões de pessoas” subnutridas — “quase sete milhões destas a um pequeno passo da fome”, sublinhou.

Em guerra há pouco mais de dois anos, o Iémen está também a sofrer um surto de cólera. Mais de 50 mil casos foram registados apenas desde abril e outros 150.000 casos estão projetados para surgir nos próximos seis meses.