O Qatar opta pela diplomacia para tentar levantar o bloqueio imposto pela Arábia Saudita e os países vizinhos, quando rejeita que a atual crise possa degenerar num conflito armado.
O responsável da diplomacia do pequeno estado do Golfo reuniu-se, esta sexta-feira, com o seu homólogo alemão em Berlim antes de deslocar-se, no sábado, à Rússia.
O ministro rejeitou responder à lista de alegados terroristas apoiados por Doha publicada esta noite por Riad.
Berlim confirmou, por seu lado, que há discussões atualmente em curso para resolver a situação, em conjunto com a União Europeia e os Estados Unidos.
“A república federal da Alemanha em conjunto com a União Europeia vai tentar fazer tudo o possível para evitar uma escalada do conflito e tentar resolver a situação o mais rapidamente possível”, afirmou Sigmar Gabriel.
O ministro qatari voltou a criticar a decisão da Arábia Saudita e aliados:
“Estas medidas representam uma violação clara da legislação internacional e do direito humanitário e não vão ter efeitos positivos, mas negativos na região, em especial nas sociedades do Golfo, uma vez que as medidas afetam antes de mais a sociedade”, segundo Mohamed ben Adgerrahmane Al-Thani.
O responsável afirmou que o seu país estaria preparado para resistir “eternamente”, segundo ele, ao bloqueio aéreo, terrestre e marítimo imposto pelos países vizinhos desde o início da semana.
Em paralelo, Berlim, que rejeita um papel de mediação no conflito, apelou hoje ao Irão para evitar ações que possam exacerbar as tensões na região, sublinhando o alegado papel de Teerão nos bastidores do conflito