Benjamin Britten regressa ao Festival de Aldeburgh

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O "Sonho de uma Noite de Verão" de Benjamin Britten abriu o Festival de Aldeburgh, em Inglaterra, marcando o Jubileu de uma mítica sala de concertos.

Há meio século, oSonho de uma Noite de Verão, do britânico Benjamin Britten, inaugurava a sala de concertos doFestival de Aldeburgh, em Inglaterra. Agora, uma nova produção desta ópera celebrou o Jubileu do mítico espaço.

É um “Sonho de uma Noite de Verão”, tal como foi composto por Britten em 1960, e abriu a edição deste ano do Festival de Aldeburgh. A apresentação desta ópera marcou o quinquagésimo aniversário da Snape Maltings, uma sala de concertos que em tempos serviu para produzir cerveja.

“A Snape Maltings foi um dos primeiros edifícios industriais a ser reconvertido para fins culturais. Só isso já foi inovador. Hoje em dia, achamos que é normal ouvir música em sítios diferentes, em antigas fábricas, em igrejas… Mas, nos anos 60, era algo de inovador e abriu um caminho muito especial para a música em geral”, explicou-nos o responsável pela sala, Roger Wright.

Then and now – Aldeburgh Festival this year celebrates 50 years of Snape Maltings Concert Hall. pic.twitter.com/ayEYGhslP4

— Snape Maltings (@snapemaltings) 9 juin 2017

Foi a artista britânica Netia Jones quem dirigiu esta nova produção da obra de Britten. “O que pretendi fazer foi criar uma atmosfera que nos permita submergir completamente numa música que é fabulosa e refletir na magia deste lugar. A ideia foi apresentar algo que mantenha a autenticidade mas com um toque de frescura… E foi exatamente isso que Britten fez. Ele interessava-se pelas ideias, pelas raízes, pela modernidade. Não para ser moderno, mas para explorar caminhos”, diz-nos Jones.

Sophie Bevan as Tytania, Queen of the Fairies. A third packed night in Snape Maltings Concert Hall tonight for A Midsummer Night's Dream. pic.twitter.com/kudoSa5YAw

— Snape Maltings (@snapemaltings) 12 juin 2017

Já o contratenor Iestyn Davies considera que “o estilo de Netia, com o vídeo e as projeções que utiliza, funciona ainda melhor neste caso, porque lança uma espécie de véu em torno de Oberon… Toda esta ópera gira em torno do sonho. Há uma névoa através da qual vemos ou deixamos de ver a realidade”.

Segundo a soprano Sophie Bevan, “aquilo que Britten tinha de fantástico era a sua preocupação com a comunidade e em garantir que as pessoas pudessem participar, onde quer que a música estivesse. Nesta ópera, por exemplo, temos alguns rapazes que fazem parte de um coro aqui da região. Nenhum tinha participado numa ópera antes. Para eles, isto é tudo muito excitante. Há qualquer coisa aqui, há qualquer coisa no ar: sentimos a música, a arte, a cultura. É impossível não nos deixarmos arrastar para esta atmosfera fabulosa”.

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