"Inferno" de Pedrógão: Mortos ascendem aos 62 e motivam 3 dias de luto nacional

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De  Francisco Marques
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Ministra da Administração Interna atualizou domingo à noite balanço oficial de vítimas, onde se incluiam também mais de 60 de feridos, dos quais pelo menos dois em estado grave.

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Pelo menos 62 mortos e mais de meia centena de feridos, dos quais seis em estado grave, é o mais recente (domingo à noite) balanço oficial de vítimas do violento incêndio deflagrado sábado à tarde em Pedrógão Grande e ainda ativo no centro de Portugal. A atualização foi feita pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, por volta das 23:00, no posto do comando operacional em Pedrógão Grande.

Entre as pessoas atingidas, há quem ainda procure familiares e conhecidos. “Eu estava com um senhor que trabalha na Câmara. Ele ficou dentro de casa. Não sei o que é feito dele agora. Coitado do homem”, contou um homem não identificado à RTP.

Uma mulher, também não identificada, disse que estava “dentro da habitação”. “O fogo chegou lá. Está tudo ardido à volta. A casa da minha irmã está toda ardida. A GNR foi lá buscar-nos porque já nem conseguíamos respirar e a casa deve estar ardida com certeza”, referiu a vítima.

Inalação de fumos | Siga as recomendações da #DGS para prevenir danos nas vias respiratórias. #incêndioshttps://t.co/Zyfw3jAX1m

— Saúde PT (@saude_pt) 18 de junho de 2017

O incêndio, presume-se, terá começado por volta das 13:43 (hora de Lisboa) de sábado, próximo da localidade de Escalos Fundeiros, após o raio de uma apelidade tempestade seca ter atingido uma árvore. A zona afetada pelas chamas está num autêntico caos. As pessoas tentam salvar os pertences do “inferno” em que se tornou o incêndio.

Por volta das 14:00 deste domingo, mais de 800 operacionais apoiados por 226 veículos e seis meios aéreos combatiam as chamas em Pedrógão Grande, um dos cinco grandes incêndios ativos na região centro de Portugal.

No sentido de apoiar o esforço de combate dos mais de 800 operacionais que se debatem na luta contra as chamas em… https://t.co/wfSg9d3sf9

— Protecção Civil (@ProteccaoCivil) 18 de junho de 2017

4 destacamentos de engenharia do Exército estão a operar máquinas de rasto em apoio às ações de combate a incêndios coordenadas pela ANPC pic.twitter.com/EWPKFCMxHy

— Defesa Nacional (@defesa_pt) 18 de junho de 2017

Entre os meios aéreos utilizados em Pedrógão Grandes, há dois “Canadair” espanhóis e é possível que o país vizinho envie “mais um ou dois” meios aéreos para ajudar no combate ao fogo, revelou fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil à agência Lusa.

Ao longo da tarde, são ainda esperados na região mais dois “Canadair” e um outro meio aéreo, oriundos de França.

Pedrógão Grande: Mecanismo Proteção Civil da UE ativado. De França chegam 3 aviões. De Espanha 2 canadairs.

— Adm.Interna PT (@ainterna_pt) 18 de junho de 2017

O Governo português decretou, entretanto, três dias de luto nacional a começar já este domingo e o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, também suspendeu até terça-feira a respetiva agenda.

Governo declara 3 dias de luto nacional pelas vítimas do incêndio que deflagrou no Município de Pedrógão Grande e afetou vários concelhos pic.twitter.com/lCMeIdk2I7

— Defesa Nacional (@defesa_pt) 18 de junho de 2017

#MAFDR e #SEFDR estão no terreno, onde se encontra também o #PM. Está convocada para amanhã uma reunião de emergência.
#pedrogaograndepic.twitter.com/4rIi75FH4B

— Agricultura PT (@agricultura_pt) 18 de junho de 2017

FA têm no terreno 12 pelotões do Exército (4 Pedrógão Grande, 4 Coimbra, 4 Vila Real), 360 militares, para operações de contenção e rescaldo pic.twitter.com/UXRYqjfjvX

— Defesa Nacional (@defesa_pt) 18 de junho de 2017

SEAI: “Quem procura informação sobre pessoas na zona do incêndio, deve contactar a Santa Casa da Misericórdia de #Pedrogão Grande”.

— Adm.Interna PT (@ainterna_pt) 18 de junho de 2017

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