Garantir a fiabilidade das células fotovoltaicas

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As tecnologias ligadas à energia solar dependem de instrumentos muito precisos. De que forma essa precisão é garantida a nível global?

As tecnologias ligadas à energia solar dependem de instrumentos muito precisos. De que forma essa precisão é garantida a nível global? Vários especialistas europeus reuniram-se na Sicília para debater esta e outras questões.

Que quantidade de energia pode uma célula fotovoltaica produzir? A resposta depende da localização geográfica, da altura do dia em que a luz solar é captada, entre outros. Mas é necessário haver referências comuns. Alguns especialistas decidiram ajustar os equipamentos de acordo com os mesmos critérios no mesmo local.

“Temos vários instrumentos de diferentes países, de diferentes núcleos científicos. Juntámo-nos esta semana para comparar métodos diversos. Na verdade, estamos a ‘medir o sistema métrico’ que cada um utiliza. E, para isso, vamos usar o Sol como unidade de medida. Podemos comparar os resultados perante essa referência única, que é então o Sol”, explica o cientista Wim Zaaiman.

Reference labs like ESTI at EU_ScienceHub</a> are essential to build public trust in new technologies like <a href="https://twitter.com/hashtag/SolarEnergy?src=hash">#SolarEnergy</a>, says JRC&#39;s Ewan Dunlop <a href="https://t.co/uVRp3P0Gvy">pic.twitter.com/uVRp3P0Gvy</a></p>&mdash; Denis Loctier (loctier) 21 juin 2017

As medidas simultâneas permitem criar as chamadas “células de referência”. Isso tendo em conta naturalmente elementos como as diferenças na intensidade da luz solar e na sua composição espetral segundo o ponto de captação e o momento em que é assimilada.

Segundo o metrologista Roberto Galleano, “há pequenas diferenças que devem ser erradicadas. As medidas devem ser feitas segundo condições padronizadas, definidas a nível internacional por vários países”.

O desenvolvimento do setor da energia fotovoltaica depende da criação de referências idênticas. As mais pequenas imprecisões podem custar muito caro às empresas. Daí a relevância da colaboração entre fabricantes e investigadores.

“A comparação permite-nos melhorar a metodologia utilizada para medir o espetro e isso é extremamente importante para desenvolver a geração de energia em condições reais por parte dos nossos módulos fotovoltaicos”, afirma o investigador Francesco Aleo.

No Centro Comum de Investigação da União Europeia, em Ispra, em Itália, os cientistas utilizam simuladores de luz solar para produzir instrumentos acessíveis e de referência para toda a indústria. Os painéis solares podem assim receber uma certificação que garanta o cumprimento dos critérios comuns.

_“Nós utilizámos as células fotovoltaicas de referência para calibrar todos os critérios. E depois vamos continuar a fazer testes ao Sol para garantir que esses critérios continuam rigorosos”, aponta a cientista Diana Rembges.

Aqui existe um dos maiores simuladores de luz solar do mundo. É composto por 11 projetores de alta intensidade que se refletem num painel que servirá em seguida de base para modelar outros equipamentos a nível industrial.

“Nós asseguramos um processo de definição de medidas que assenta na captação básica da luz solar e na sua transferência para equipamentos que são fiáveis. As pessoas podem assim saber que estão a investir em produtos que realmente cumprem a missão a que se propõem, isto é, que produzem energia necessária para o conforto de uma casa”, diz o especialista Ewan Dunlop.

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