O curador da documenta 14, o polaco Adam Szymczyk, quis organizar a mostra em Kassel e Atenas.
O “Pártenon de Livros”, da autoria da argentina Marta Minujín, centra as atenções na documenta 14, a mostra artística que decorre cada 5 anos em Kassel, na Alemanha. A obra é composta precisamente de livros que foram banidos quer pelo regime nazi, quer pela RDA ou mesmo nos Estados Unidos.
Falamos de trabalhos que foram considerados, a um dado momento, demasiado críticos, ousados, capitalistas, eróticos… Balzac, Brecht, Freud, Saint-Exupéry são apenas alguns dos escritores em questão.
O Pártenon tem 70 metros de comprimento, 30 de largura e 20 de altura.
Horses in front of the #Parthenon of Books. And a crowd to welcome them. #rossbirrell#hermes#transitpic.twitter.com/j2n7OyZBpD
— documenta 14 (@documenta__14) 9 juillet 2017
Qualquer pessoa pode fornecer livros para a “construção”, sendo que estes são colocados dentro de um invólucro de plástico. Todas as manhãs veem-se estudantes locais a trazerem obras, por exemplo. No final da documenta, os livros serão doados.
O trabalho de Marta Minujín tem suscitado variados debates sobre os motivos que levaram à censura. Minujín, com 73 anos de idade, apela à entrega de mais de 20 mil livros. O objetivo inicial era atingir os 100 mil, mas a missão tem-se revelado ambiciosa.
O curador da edição deste ano, o polaco Adam Szymczyk, quis organizar a mostra em duas cidades: Kassel (até ao dia 17 de setembro) e Atenas.