Cimeira do diesel em Berlim

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De  Nelson Pereira
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Governo alemão e indústria automóvel preparam um acordo sobre como reduzir a poluição diesel, ambientalistas recusam soluções fictícias

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Sob pressões dos movimentos ambientalistas, o governo alemão e a indústria automóvel estão reunidos esta quarta-feira em Berlim, à procura de um acordo sobre medidas a aplicar para reduzir a poluição de veículos movidos a diesel e assim evitar que as cidades imponham proibições.

Os representantes do setor propõem instalar “softwares” que ajudem a diminuir as emissões de óxidos de azoto nos milhões de automóveis sujeitos às normas de emissões de poluentes Euro-5 e Euro-6 da União Europeia. Proibições de circulação como a recentemente deliberada pelo Tribunal Administrativo de Estugarda, poderiam assim ser evitadas.

O governo federal parece inclinado a aceitar a proposta das montadoras, que marca o esboço da declaração final, porém foi esta proposta que o tribunal de Estugarda considerou insuficiente para reduzir a poluição atmosférica na cidade.

Atentos, os ambientalistas da organização Deutsche Umwelthilfe, que moveram a ação contra o governo do estado de Baden-Württemberg, declaram que não aceitarão soluções enganosas, determinados a esgotar todas as possibilidades legais neste combate.

De acordo com os ambientalistas da DUH, os cerca de 15 milhões de veículos a gasóleo que atualmente circulam nas estradas alemãs são reponsáveis por cerca de 40% das emissões de óxidos de azoto nas maiores cidades.

No dia 28 de julho, o Tribunal Administrativo de Estugarda, sede dos fabricantes automóveis Porsche e Mercedes-Benz e do fabricante de peças Bosch, deliberou, que a proibição da circulação de automóveis a diesel é uma medida legal.

Se a proibição avançar em Estugarda, outras cidades alemãs poderão adoptar medidas semelhantes. A capital do estado alemão de Baden-Württemberg tem o ar mais poluído da Alemanha.

Paris e Atenas anunciaram que, a partir de 2025, deixarão de permitir a circulação de veículos Diesel

As emissões de óxido de azoto causam problemas respiratórios, enquanto as de dióxido de carbono contribuem para o aquecimento global. Um estudo de âmbito global publicado em maio pela revista Nature estima que, em 2015, mais de 37 mil mortes prematuras foram causadas em todo o mundo por emissões de óxidos de azoto de vaículos a diesel que ultrapassaram os valores-limite estabelecidos nos regulamentos.

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