Um ano depois do terramoto, a Itália recorda as vítimas em Amatrice
Um ano depois do terremoto que matou 299 pessoas no centro da Itália, a Igreja católica recordou as vítimas.
Uma missa celebrada em Amatrice esta quinta-feira contou com a participação do chefe do governo, Paolo Gentiloni, e de representantes das autoridades locais.
Entretanto, o descontentamento reina entre os sobreviventes, confrontados com o lento processo de reconstrução, enquanto 7.500 pessoas permanecem deslocadas, a habitar em condições provisórias. O presidente da câmara de Amatrice, Sergio Pirozzi, promete soluções em setembro:
“Espero que em fim de setembro ou princípio de outubro, todas as 480 famílias sejam realojadas em condições dignas.”
Foram retirados apenas 10% das 4 mil toneladas de escombros, pois os elementos retirados de edifícos com valor histórico e patrimonial devem ser classificados antes de serem enviados para restauração.
Embora haja quem não tenha ainda perdido a esperança, uma parte da população já desistiu:
“As coisas estão a avançar. Começamos a ver resultados, o que nos dá grande esperança de que poderemos todos recomeçar e reconstruir esta área, que tem de facto uma grande beleza”, disse Fabio Magnifici.
Carlo Maggi sublinha a deceção: “Não vejo aqui nenhum futuro. Tenho pena dos jovens, que continuam a acreditar, mas quando vejo como as coisas são conduzidas, não vejo futuro.”
O sismo que atingiu o centro da Itália em 24 de agosto de 2016, deixou em ruínas Amatrice, Accumoli e um distrito de Arquata del Tronto, nas regiões de Lazio e Marcas.