Tudo isto acontece pouco depois de António Guterres, o secretário-geral da ONU, dizer que há uma "limpeza étnica " em curso.
Queriam chegar a porto seguro, mas o barco que os trazia naufragou. Vários refugiados rohingya, que tentavam escapar do território birmanês, morreram antes de alcançar a cidade de Teknaf, no Bangladesh. Entre eles contam-se crianças.
Tudo isto acontece pouco depois de António Guterres, o secretário-geral da ONU, dizer que há uma “limpeza étnica “ em curso.
Esta quinta-feira, foi a vez de a responsável diplomática da União Europeia se pronunciar. “Temos bem a noção e estamos preocupados com os excessos cometidos durante as operações conduzidas pelas forças de Myanmar. Isso resultou numa saída massiva de refugiados para o Bangladesh, naquela que é uma das mais graves crises de refugiados da atualidade. É uma situação totalmente inaceitável que ameaça desestabilizar toda aquela região”, declarou Federica Mogherini.
Os números são esclarecedores: mais de 400 mil refugiados da minoria muçulmana rohingya procuraram abrigo no sul do Bangladesh e contam-se, pelo menos, cerca de 400 mortos desde que os confrontos eclodiram. A ajuda humanitária começou a chegar ao campo de Kutupalong. Muitas vezes os refugiados atropelam-se para conseguir alimentos e cobertores para as suas famílias.