Governo espanhol procura bloquear referendo catalão

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De  Francisco Marques
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"Mossos de esquadra" encerram mais de metade das assembleias de voto e guarda civil garante bloqueio do acesso ao voto eletrónico

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A polícia espanhola já fechou mais de metade das 2315 assembleias eleitorais designadas para acolher este domingo as 6249 mesas de voto do referendo pela independência da Catalunha.

Os “mossos de esquadra” visitara, este sábado de manhã 1300 locais onde foi previsto decorrer o sufrágio popular e encontrou 163 destes espaços ocupados por apoiantes da realização da consulta independentista.


Giselle, uma das ocupantes, revelou que os agentes de autoridade visitaram o local onde pernoitou por duas vezes e foram cordiais: “Vieram uma vez e foram simpáticos. Dissemos-lhes que estávamos aqui em paz e que íamos dormir aqui. As pessoas lá fora foram os primeiros a recebe-los. Eles foram-se embora, voltaram esta manhã e decorreu da mesma forma.”

Hector, outro dos ativistas pela realização do referendo, diz que “a estratégia é um sorriso” e que “quanto mais gente puder que vá às escolas”. “Quantos mais melhor”, sublinhou.

A ordem do governo espanhol é para a polícia evacuar sem violência estes locais preparados para funcionar como assembleias de voto e bloquear a sua utilização na consulta anticonstitucional deste domingo.

A guarda civil também se deslocou entretanto ao centro de telecomunicações do governo catalão. A polícia militar pretendia garantir o bloqueio dos serviços informáticos usados na Catalunha para a gestão de assembleias de votos e na divulgação de escrutínios.



Outro objetivo, revelou o ministério do Interior espanhol, será o de “anular” o recurso ao voto eletrónico.

O governo catalão considerou a invasão do respetivo centro de telecomunicações como “mais uma mostra de desproporcionalidade do Estado para tentar reprimir a celebração do referendo.”





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