A CUP declara que Rajoy está a fazer uma ameaça direta e é preciso avançar já para a autodeterminação.
Dizer que Carles Puigdemont se encontra entre a espada e a parede é quase um eufemismo: de um lado, o ultimato do governo espanhol, que exige a clarificação do seu discurso no parlamento; por outro, enfrenta os aliados independentistas mais radicais, que não aceitam outra coisa a não ser a tão falada declaração de independência.
Anna Gabriel, a líder da CUP, voltou a salientar: “O único instrumento eficaz para garantir agora os direitos civis e políticos é a República catalã”.
Mariano Rajoy deu a Puigdemont até segunda-feira de manhã para esclarecer o caminho a seguir, antes que acione o artigo 155 da Constituição espanhola, ou seja, suspendendo a autonomia e assumindo as competências do governo naquela região. E a mediação internacional, que Puigdemont evocou para adiar uma proclamação definitiva, não é opção para Madrid.
Perante as profundas divisões que se estendem a todo o país, a CUP não desarma e declara que o que Rajoy está a fazer é uma ameaça direta e que, face a esse cenário, a única defesa é avançar já para a autodeterminação, aliás como tinha sido anunciado após o referendo.