Timor "satisfeito" com novo acordo que regula fronteira com Austrália

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O novo tratado foi rubricado pelas autoridades dos dois países, no dia 13 de outubro em Haia, na Holanda.

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Xanana Gusmão afirma que Timor Leste saiu “satisfeito” no acordo com a Austrália, sobre a delimitação das fronteiras marítimas que separam os dois países.

“Posso dizer que já temos uma linha de delimitação das nossas fronteiras com a Austrália. Quando se fala de favorável, dizemos assim: aquilo agora é nosso”, afirmou o antigo presidente timorense.

Xanana Gusmão chefiou a delegação de Timor-Leste nas negociações.

O novo tratado foi rubricado pelas autoridades dos dois países, na sexta-feira (13 de outubro) em Haia, na Holanda. O acordo foi negociado sob a égide de uma Comissão de conciliação das Nações Unidas e deverá ser assinado pelos dois Governos “numa data a ser acordada” e perante o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres.

All smiles after successful conciliation round in The Hague. Milestone reached=Timor-Leste & Australia agreed treaty on maritime boundaries pic.twitter.com/pY53AeryfV

— Peter Taksøe-Jensen (@petertaksoe) October 14, 2017

Em causa estão os campos do Greater Sunrise, que contêm reservas estimadas de 5,1 triliões de pés cúbicos de gás e estão localizados no mar de Timor, aproximadamente a 150 quilómetros a sudeste de Timor-Leste e a 450 quilómetros a noroeste de Darwin, na Austrália.

Em 2006, foi assinado um acordo entre os dois países que visava a partilha dos milhares de milhões de euros de receitas provenientes dos grandes depósitos de petróleo e gás, na área da fronteira. Estes recursos representam uma fonte de receitas particularmente importante para Timor-Leste, que se tornou independente da Indonésia em 2002 e vive em grande pobreza.

Pouco tempo depois, as autoridades de Díli denunciaram o acordo afirmando que o Governo de Camberra recorreu à espionagem, durante as negociações iniciadas em 2004, para garantir um acordo mais favorável. A Austrália aceitou, em janeiro deste ano, renegociar a questão.

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