Donald Trump, 365 dias depois

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Um ano depois da eleição de Donald Trump para a presidência fazemos uma retrospetiva da noite eleitoral que mudou os Estados Unidos e o mundo. A análise dos correspondentes da Euronews que estiveram n

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Há precisamente um ano Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos.

As primeiras felicitações vieram da rival democrata, a antiga secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

Enquanto Trump comemorava a vitória, os correspondentes da Euronews, Stefan Grobe e Mark Davis, colocavam um ponto final na cobertura da corrida presidencial e da noite eleitoral em Nova Iorque.

A campanha, repleta de peripécias, prolongou-se durante 19 meses. Foi considerada uma das mais desagradáveis na história moderna dos Estados Unidos.

Volvidos 365 dias, os correspondentes da Euronews fazem uma análise do que se passou desde então.

Stefan Grobe, euronews – Foi uma noite extraordinária, há precisamente um ano em Nova Iorque. Continuo a lutar para me habituar a dizer “Presidente Trump’”, mas, por outro lado, já nos acostumámos a muitas coisas no primeiro ano de presidência.

Mark Davis, euronews – Muitos de nós estamos a começar a acostumar-nos à associação das palavras Presidente, Donald e Trump. Talvez estejamos a ter mais problemas em acostumar-nos ao estilo de presidência. A plataforma preferida de Trump continua a ser o Twitter. É algo que nunca tínhamos visto antes num Presidente dos Estados Unidos. Acostumámo-nos às declarações diárias, aos tweets matinais que nos dão uma ideia do estado de espírito de Trump.

Stefan Grobe, euronews – Penso que nos esgota com os tweets e o estilo bombástico. Agora que me encontro em Bruxelas, as conversas que ouço entre os líderes europeus sobre a administração Trump são muito mais subtis, para dizer de forma suave. Tenho a sensação de que na Europa a estratégia é esperar. Não esperar nada de Trump nos próximos três anos, apenas esperar. Não tentar educá-lo. É como é e temos de lidar com ele.

Mark Davis, euronews – No panorama mundial não penso que nos devamos surpreender com o que quer que seja que Donald Trump tenha feito. Ele fez e tenta fazer o que prometeu aos eleitores que faria, que é colocar os Estados Unidos em primeiro lugar. Os Estados Unidos atuam agora de forma unilateral, em vez de procurar coligações e associações. Saem de acordos internacionais bastante importantes como o acordo nuclear do Irão, o Acordo de Paris sobre alterações climáticas.

Stefan Grobe, euronews – A liderança de Trump deixou um vazio na arena global que não está a ser ocupado por outros players e a China, de forma interessante, tornou-se num ativista enérgico em matéria de alterações climáticas. A China apresenta-se como líder no comércio internacional. É estranho.

Mark Davis, euronews – As pessoas têm-no comparado a um reality show, a algo como “House of Cards.” A verdade é que nos seis primeiros meses houve uma lista de baixas na administração Trump: Michael Flynn, James Comey, Sean Spicer, Anthony Scaramucci. Uma lista que faz com que se pareça mais a “The Walking Dead” do que a “House of Cards.”

Sefan Grobe, euronews – Gostarias de cobrir a próxima campanha presidencial?

Mark Davis, euronews – Adoraria cobrir a campanha eleitoral de 2020, especialmente se Donald Trump participar. Penso que Donald Trump – quer se goste quer não – será sempre alguém sobre quem se pode falar. Nunca há momentos aborrecidos com Trump. O que penso que será central na próxima eleição é saber qual o candidato que os democratas vão escolher para medir forças com Trump. Donald Trump pode contar com a sua base. Sabemos que existe uma franja do eleitorado norte-americano que votará por Trump independentemente do que fizer. Também sabemos que há – no lado oposto – uma franja significativa do eleitorado que votará no adversário de Donald Trump, independentemente de quem for. Importa saber quem está no meio.

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