"Há que estar preparado para ausência de acordo", diz Barnier

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Os comentários de Michel Barnier, o responsável europeu pelas negociações, foram feitos no âmbito de um encontro do CER, Centro para a Reforma Europeia.

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Se a ausência de um acordo entre a União Europeia e o Reino Unido quanto ao Brexit era até há pouco tempo um cenário improvável, tudo parece sugerir que agora está a ganhar mais peso.

Os comentários de Michel Barnier, o responsável europeu pelas negociações, foram feitos esta segunda-feira em Bruxelas no âmbito de um encontro do CER, Centro para a Reforma Europeia.

We are holding a conference on ‘The future of the EU’ 20/11/17
With a keynote speech by MichelBarnier</a> and sessions on <a href="https://twitter.com/hashtag/euro?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#euro</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Brexit?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Brexit</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/MigrationEU?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#MigrationEU</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/TrumpPutin?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#TrumpPutin</a> <br>The event will be livestreamed here: <a href="https://t.co/HxS1Gw2ISK">https://t.co/HxS1Gw2ISK</a> <a href="https://t.co/mtuPoLtJil">pic.twitter.com/mtuPoLtJil</a></p>— CER (CER_EU) November 18, 2017

“A ausência de um acordo não é o nosso cenário apesar de nos estarmos a preparar para ele; apenas aqueles que ignoram ou querem ignorar os benefícios de pertencer à União Europeia podem dizer que a ausência de acordo é um resultado positivo”, disse Barnier aos participantes no encontro.

A ausência de progressos em áreas como a fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, direitos dos cidadãos e a fatura final são os principais entraves à passagem para a segunda fase das negociações, fase dedicada à discussão das trocas comerciais.

Após o insucesso da última ronda negocial, o relativo otimismo das últimas semanas veio dar lugar a um novo realismo, tal como refere o chefe da diplomacia belga.

“Devemos estar preparados para todas as eventualidades. Caso não se registem progressos nos planos principais temos que contemplar uma situação em que não vai haver acordo”, adiantou Didier Reynders.

Uma situação que torna a posição da primeira-ministra britânica, Theresa May, ainda mais difícil dividida que está entre a ala moderada e a ala radical do partido conservador.

Entrevistado pela euronews, o especialista do centro de estudos, EPC (European Policy Centre), Janis Emmanouilidis, adianta: “Encontrar uma situação de compromisso entre os 27 e o Reino Unido quanto a uma relação futura vai ser muito difícil e por isso poderá acontecer que esta incapacidade para se alcançar um acordo leve a uma situação em que se chega à beira do abismo, o que criará enormes problemas.”

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