Amnistia Internacional acusa governo de Myanmar de promover regime de apartheid

Amnistia Internacional acusa governo de Myanmar de promover regime de apartheid
De  Euronews

Relatório da Amnistia Internacional refere que Rohingyas não têm acesso a saúde, educação e nem sequer a liberdade de se deslocar livremente

O povo Rohingya no Myanmar é vítima de um regime de apartheid promovido pelo próprio estado. A acusação é feita pela Amnistia Internacional no seu relatório sobre as causas da situação trágica que se vive em Rakhine. O estudo de dois anos revela que os Rohingya não têm acesso a saúde, educação e nem sequer a liberdade de se deslocar livremente.

A organização humanitária fez saber pela voz de Anna Neistat, que “nos últimos cinco anos em particular, o Estado de Rakhine transformou-se numa prisão ao ar livre para as minorias muçulmanas, especialmente para o Rohingya. O sistema parece feito para que as suas vidas sejam o mais humilhantes e desesperantes possível.”


O problema não vem de agora, a lei que nega a cidadania aos Rohingya remonta a 1982. A líder de facto da antiga Birmânia, Aung San Suu Kyi, argumenta que “não podem fazer nada de um dia para outro” mas garante acreditar que podem ser feitos progressos.

Para a Amnistia Internacional, o problema só será resolvido com o desmantelamento do regime de apartheid e o julgamento dos responsáveis. O relatório refere ainda que estes crimes contra a humanidade começaram muito antes da onda de violência que levou já mais de 600 mil pessoas a atravessar a fronteira com o Bangladesh.

Pode consultar aqui o relatório da Amnistia Internacional (apenas disponível em inglês e francês)

Notícias relacionadas