Amnistia Internacional acusa governo de Myanmar de promover regime de apartheid

Amnistia Internacional acusa governo de Myanmar de promover regime de apartheid
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Relatório da Amnistia Internacional refere que Rohingyas não têm acesso a saúde, educação e nem sequer a liberdade de se deslocar livremente

PUBLICIDADE

O povo Rohingya no Myanmar é vítima de um regime de apartheid promovido pelo próprio estado. A acusação é feita pela Amnistia Internacional no seu relatório sobre as causas da situação trágica que se vive em Rakhine. O estudo de dois anos revela que os Rohingya não têm acesso a saúde, educação e nem sequer a liberdade de se deslocar livremente.

A organização humanitária fez saber pela voz de Anna Neistat, que “nos últimos cinco anos em particular, o Estado de Rakhine transformou-se numa prisão ao ar livre para as minorias muçulmanas, especialmente para o Rohingya. O sistema parece feito para que as suas vidas sejam o mais humilhantes e desesperantes possível.”

This is the daily reality of apartheid in #Myanmar: “I want to study more, but I can’t because the authorities won’t let us. Even if I study really hard they won’t let me go.” And this is what made ethnic cleansing possible. Let’s not be silent: https://t.co/DybANDkCvKpic.twitter.com/moq0E0TcJb

— AmnestyInternational (@amnesty) 21 de novembro de 2017

O problema não vem de agora, a lei que nega a cidadania aos Rohingya remonta a 1982. A líder de facto da antiga Birmânia, Aung San Suu Kyi, argumenta que “não podem fazer nada de um dia para outro” mas garante acreditar que podem ser feitos progressos.

Para a Amnistia Internacional, o problema só será resolvido com o desmantelamento do regime de apartheid e o julgamento dos responsáveis. O relatório refere ainda que estes crimes contra a humanidade começaram muito antes da onda de violência que levou já mais de 600 mil pessoas a atravessar a fronteira com o Bangladesh.

Pode consultar aqui o relatório da Amnistia Internacional (apenas disponível em inglês e francês)

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

ONG acusam Israel de usar munições de fósforo branco

Número de execuções disparou no ano passado

Lituânia aprova interdição de acesso a migrantes