Várias centenas de pessoas dirigiram-se à base naval de Mar del Plata para expressarem a sua solidariedade com as famílias da tripulação do ARA San Juan.
Entre a raiva e a solidariedade. Assim vivem as famílias dos 44 tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, desaparecido no passado dia 15 ao largo da costa sul do país.
Com gritos de “assassinos” e cânticos espontâneos do hino nacional, cerca de 500 pessoas rodearam a base naval de Mar del Plata para dar algum conforto aos familiares, depois de dez dias sem qualquer sinal da embarcação.
As famílias apontam o dedo à marinha pela alegada falta de manutenção do submarino e por não partilhar toda a informação. Porém, o presidente argentino, Mauricio Macri, já disse que até se encontrar o ARA San Juan não é tempo de atirar culpas.
Mientras tanto, hasta que no tengamos la información completa, no tenemos que aventurarnos a buscar culpables. Primero tenemos que tener certidumbre sobre lo que pasó y por qué pasó.
— Mauricio Macri (@mauriciomacri) 24 novembre 2017
Apesar de ter anunciado que o som de uma explosão foi reportado perto da última localização conhecida do ARA San Juan, a marinha argentina não quer assumir nesta fase a possível perda de toda a tripulação e está sob forte contestação. “Estamos ao mesmo tempo numa fase de esperança e desesperança. Não vamos fazer suposições ou conjecturas, devemos ser guiados apenas por provas sólidas. O último relatório aponta uma explosão e estamos a tentar localizar e detetar o submarino nessa área”, afirmou Enrique Balbi, porta-voz da Marinha argentina.
Entretanto, já chegou à Argentina o avião russo Antonov equipado com material com capacidade de deteção até 6000 metros de profundidade. Depois de aterrar em Comodoro Rivadavia, o avião seguiu para Ushuaia, o ponto de onde o submarino iniciou a sua última viagem.
(…) Ayer por la noche aterrizó en Comodoro Rivadavia el avión ruso Antonov An-124 con material de alta tecnología de inspección subacua que serán embarcados en la corbeta Rosales y el aviso Islas Malvinas (…)
— Armada Argentina (@Armada_Arg) 25 novembre 2017
Numa corrida contra o tempo e em que as esperanças diminuem a cada dia que passa, o governo argentino não abranda as buscas e continua a contar com a ajuda internacional.